Uma
nova pesquisa da Universidade de Purdue (EUA) criou o objeto girante mais
rápido mundo, com 300 bilhões de rotações por minuto.
A equipe bateu seu
próprio recorde, uma vez que alguns anos atrás utilizaram a mesma
nanotecnologia para criar um rotor que girava a 60 bilhões de rpm – ou
seja, eles agora se superaram em cinco vezes.
Nanopartícula girante
O objeto em questão é
uma nanopartícula de sílica em forma de haltere suspensa no vácuo.
Só
assim para algo girar tão rápido, aliás. Para entender do que estou falando,
aquelas amaldiçoadas brocas dos dentistas que parecem girar tão velozmente
atingem apenas cerca de 500 mil rpm, enquanto o pulsar mais rápido – um tipo de
objeto celeste que tem a maior velocidade de rotação conhecida no mundo natural
– gira a meros 43.000 rpm.
E como os
pesquisadores chegaram a tal rapidez?
Metodologia
A equipe utilizou dois
lasers mirados na nanopartícula – um servia para mantê-la no lugar, e o outro
para fazê-la girar.
Quando
os fótons que compõem o laser atingem a nanopartícula, exercem uma pequena
quantidade de força sobre ela, o que é conhecido como pressão de radiação.
Quando falamos “pequena”, queremos dizer que a força é geralmente fraca demais
para ter qualquer efeito perceptível – exceto em um vácuo onde quase não há fricção.
Neste caso,
velocidades recordes podem ser alcançadas.
“Nos anos 1600,
Johannes Kepler viu que as caudas dos cometas sempre se afastavam do sol por
causa da pressão de radiação. Usamos a mesma coisa, mas com lasers
concentrados, para levitar e girar nanopartículas”, esclareceu Tongcang Li, um
dos autores do estudo, ao portal New Atlas.
Aplicações
Esse é um tipo de
estudo divertido, mas sua função não é apenas quebrar recordes mundiais.
De acordo com os
cientistas, no futuro, dispositivos com essa tecnologia podem ser utilizados
para medir efeitos quânticos, como a fricção do vácuo e magnetismo em
nanoescala.
Um artigo sobre a
pesquisa foi publicado na revista científica Nature
Nanotechnology. [NewAtlas]
Nenhum comentário:
Postar um comentário