Jactos azuis: fenómeno raro na atmosfera é registado por estação espacial Posted: 23 Jan 2021 12:41 PM PST Ilustração do jacto azul na estratosfera (DTU SPACE, DANIEL SCHMELLING/MOUNT VISUAL/Reprodução) Fenómeno é raro e dura milissegundos; pesquisadores
criaram um vídeo para ilustrar como ele aparece no espaço Um grupo de
cientistas de diversos países conseguiu registar uma visão clara de uma faísca
que dispara um tipo diferente de relâmpago, chamado de “jacto azul“. Os jactos azuis são
um fenómeno raro e duram milissegundos. São descargas eléctricas que disparam
do topo das nuvens de uma tempestade até 50 quilómetros na estratosfera. Ao
contrário dos relâmpagos normais, eles estimulam o nitrogénio estratosférico e
acabam criando esse tom azul mesmerizante com a mistura. Os jactos não podem
ser vistos da superfície da Terra, por causa da distância e das nuvens da
tempestade que os escondem, mas a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla
em inglês) conseguiu detectá-los com seu equipamento de observação do tempo. Os
pesquisadores relataram, num artigo publicado na revista Nature, que um jacto azul emergiu “de uma
explosão extremamente breve e brilhante” perto do topo de uma nuvem de
tempestade. Para Torsten
Neubert, um físico atmosférico que participou do estudo, a faísca que gerou o
jacto azul pode ter sido um tipo especial de descarga eléctrica dentro da
nuvem. “A mistura turbulenta no alto de uma nuvem pode trazer regiões com
cargas opostas a cerca de 1 quilómetro uma da outra, criando explosões muito
curtas, mas poderosas, de corrente eléctrica”, disse ele. A estação espacial
observou o jacto azul em Fevereiro de 2019, numa tempestade sobre o Oceano
Pacífico, perto da ilha de Nauru. Ele foi detectado por fotómetros, que são
câmaras e instrumentos de detecção de luz. De acordo com o
físico espacial Victor Pasko, que não estava envolvido no estudo, observar
esses fenómenos é importante porque eles podem afectar como as ondas de rádio
propagam através do ar, potencialmente impactando tecnologias de comunicação. Veja a simulação de
um jacto azul na estratosfera: |
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