Além do aumento de imposto dos combustíveis, governo petista
taxa a exportação de petróleo bruto, o que deixa clara a sua visão econômica
estreita e geradora de pobreza. O governo anunciou uma medida provisória, com
prazo de quatro meses, com recomposição parcial dos tributos federais para
gasolina e etanol e também um imposto de exportação de 9,2% para o petróleo
bruto.
Não por acaso, a medida lembra muito o que a esquerda tem feito na
Argentina, com a taxação das principais pautas de exportação do país, como a
soja, que paga 33% ao sair do país. Além dos impostos, ainda há eventuais
proibições completas de venda de produtos. Recentemente, o governo argentino
proibiu a exportação de carne, por exemplo.
O descondenado Lula demonstrou toda a sua miopia econômico, além
do seu populismo patológico, ao afirma ontem que "...se produzimos
alimentos demais neste país e tem gente com fome, significa que alguém está
comendo mais do que deveria para que o outro possa comer pouco. Significa que
estamos desperdiçando alimento. Significa que alguma coisa está errada."
O que está errado no Brasil há muito tempo é essa mentalidade
socialista, que atribui como causa da pobreza à existência de grupos mais
abastados, o que seria corrigido com a intervenção estatal redistributiva.
O resultado é a criação de uma classe cada vez maior de
sanguessugas do Estado, que nada ou pouco produz, além da justificativa para a
sua própria existência. Um Estado inchado também é ambiente ideal para todo
tipo de corrupção, como a Lava Jato demonstrou. O sistema fica de pé com a
oferta de esmolas para os mais pobres, e da cooptação da elite para integrar a
classe privilegiada de gestores estatais.
É um ciclo autoalimentado: o Estado impede a criação de riqueza
pelo mercado livre, com regulações, intervenções diretas e impostos, gerando
pobreza, justificando assim a sua própria existência como provedor dos pobres.
É como quebrar as pernas de alguém e se gabar por providenciar as muletas.
Tudo não passa de um sistema de escravidão moderno: o
establishment político parasita o estado, se transformando no novo senhor de
escravos, enquanto a esmagadora maioria da população precisa entregar pelo
menos 50% do fruto do seu trabalho a eles, recebendo de volta algumas migalhas,
quando muito. Em agradecimento à bondade do establishment, essa massa continua
votando no mesmo senhor de escravos.
Quem fala que o socialismo nunca deu certo, não entendeu nada. O
objetivo é justamente "não dar certo", pois quanto mais dependente um
povo, mais controlável ele é, sendo esse o objetivo final do arranjo.
A única dúvida que fica em relação ao atual momento político
brasileiro é sobre qual será o tamanho do estrago. A economia já está em
frangalhos por uma completa falta de confiança no novo governo. A cada nova
fala ou medida, a confiança diminui. Resta saber se haverá alguma força
institucional para limitar o estrago petista, ou se eles terão força para
passar toda a sua agenda destrutiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário