Alguns tipos de estatinas, substâncias usadas para evitar doenças do coração, aumentam o risco de diabetes tipo 2 em idosos.
Pesquisadores canadenses divulgaram suas conclusões na última edição da revista científicaBritish Medical Journal.
Segundo eles, as estatinas mais poderosas - como a atorvastatina - podem aumentar o risco de diabetes em 22% em comparação com os tipos mais fracos.
De acordo com os pesquisadores, a atorvastatina, vendida no Brasil com o nome de Lipitor, teve ligação com um caso extra de diabetes para cada um dos 160 pacientes que a utilizaram.
As estatinas são um grupo de medicamentos indicados para baixar os níveis do"colesterol ruim" (LDL) no sangue. Isso reduz as chances de um ataque cardíaco ou de um derrame.
Especialistas que comentaram as novas conclusões, no entanto, dizem que, de um modo geral, os benefícios da substância ainda são maiores do que os riscos.
Todas as drogas têm efeitos colaterais, mas a equipe de pesquisadores canadenses afirma que ainda não há clareza sobre os riscos oferecidos pelas diferentes estatinas, o que os fez pesquisar o assunto.
Eles examinaram os registros médicos de 1,5 milhão de pessoas acima de 66 anos e compararam a incidência de diabetes entre pessoas tratadas com diversos tipos de estatinas.
"Descobrimos que pacientes tratados com atorvastatina, rosuvastatina ou sinvastatina tinham mais riscos de aparição da diabetes comparados aos tratados com pravastatina," diz o estudo.
"Clínicos devem levar em conta esse risco quando estiverem considerando um tratamento com estatina para pacientes. O uso preferencial da pravastatina (...) pode ser indicado," recomendam eles.
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