Antes de qualquer coisa, preciso confessar que minha ‘quedinha’ por essa cerveja vai muito além do sabor. Tenho maravilhosas lembranças intimamente ligadas a esse rótulo, mas isso será naturalmente explicado.
Em novembro do ano passado, viajei para Curitiba com alguns poucos e loucos amigos. Fomos assistir a um jogo de futebol! Sim, senhoras e senhores, exatamente isso! Viajei com mais alguns rapazes também apaixonados pelo Mais Querido somente para assistir a um jogo de futebol… em uma QUARTA-FEIRA! Saímos do Rio no comecinho da manhã, chegando a Curitiba ainda no meio da manhã. Depois de todos os trâmites burocráticos devidamente cumpridos, foi o momento de procurar uma morada segura e aconchegante até o momento do grande jogo, às 22 horas.
Assim sendo, seguindo recomendações e depois de descobrir que outros amigos já se faziam presentes, rumamos para um bar chamado Santo Mé. Lá, encontramos amigos, fizemos novas amizades e começamos a nos servir de um delicioso chopp. Naturalmente, devido ao encantamento inicial, perguntei qual era a origem e o nome daquele maravilhoso pão líquido que nos era servido. O dono do bar, simpático, rubro-negro e carioca nos falou que aquele chopp chamava-se Germânia! Tudo ótimo! Levei uma bolacha para copo como recordação e bebemos até a hora do certame. O resultado do jogo foi bom, o resultado do campeonato foi ótimo, mas o chopp, assim como as memórias etílicas, não saíam da minha cabeça.
Tudo caminhava bem, ainda cheguei a procurar pelo maravilhoso chopp aqui no Rio, sem qualquer sucesso. Eis que quando o conformismo já batia minha porta, 2014 me trouxe uma surpresa agradabilíssima. Um dos nobres amigos que fizeram parte da viajem relâmpago, me manda a foto de uma enorme lata! Em seu corpo, o rótulo, tal qual o da bolachinha! Seu nome: Germânia 55! A alegria tomou conta de meu coração e fígado quase que de modo instantâneo! Preocupei-me em perguntar em que lugar ele havia encontrado, temendo que fosse difícil encontra-la. Fui tranquilizado por saber que o mercado era famoso e próximo a minha casa.
No dia seguinte, rumei para o mercado, em busca daquele líquido e suas memórias. Naturalmente, já esperava que houvesse uma diferença entre o chopp que bebi e uma cerveja enlatada. Com base nesse temor, alimentado e potencializado por seu preço baixo, levei apenas duas latONAS. Sim, aquilo é de fato um LATÃO! São 710ml! E me custaram ridículos 4 dinheiros! Levei pra casa e gelei as danadas com calma, para que eu pudesse efetuar uma análise precisa. Assim que constatei o bom ponto de temperatura para consumo, peguei uma tulipa e fui aos finalmente.
Quando depositei a danada no copo, notei de cara que ela continuava guardando a mesma coloração vibrante que o chopp, o que gerou uma empolgação quase instantânea. O colarinho que se formou não era lá grandes coisas, algo que também não era o ponto forte de seu chopp. Apesar de ser um apreciador de colares, admito que o maior valor do rótulo, estava no sabor de seu sumo. Bebi… e tive maravilhosa SURPRESA! O sabor é um pouco diferente do chopp, mas conserva belos atributos e alguma sofisticação. Apesar de vir com um ‘PILSEN’ enorme escrito na lata, fica meio vergonhoso classifica-la como tal. Seu sabor é amanteigado e suave, mas também marcante e leve, sem retrogosto desagradável. Perde em qualidade quando muito gelada, aproximando-se muito mais do comportamento de uma cerveja lager.
Cabe ressaltar que a definição de seu estilo não exclui os apaixonados por pilsen, algumas pilsen premmium tem comportamento similar, o que fica evidente é sua qualidade diferenciada, principalmente quando comparado com as pilsen Ambev de cada dia… cada dia mais sem graça, rs.
Recomendo fortemente!
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