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No RS, Dilma se cala sobre Costa, poupa Marina e mira em Aécio

Presidente-candidata nada disse sobre acordo de delação que ex-diretor da Petrobras quer firmar com a Justiça. E não citou Marina Silva

Gabriel Castro, de Porto Alegre
Presidente participa de encontro com prefeitos no Hotel Plaza, em Porto Alegre

Presidente participa de encontro com prefeitos no Hotel Plaza, em Porto Alegre (ROBERTO FURTADO/Estadão Conteúdo)

A presidente-candidata Dilma Rousseff participou neste sábado de um ato político em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em que recebeu apoio de prefeitos gaúchos. Durante o evento, Dilma focou suas críticas no tucano Aécio Neves e não fez menção à candidata do PSB ao Planalto, Marina Silva. Ao final, concedeu entrevista, mas recusou-se a falar sobre o acordo de delação premiada que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa pretende firmar com a Justiça. A interlocutores, como informou a coluna Radar, de Lauro Jardim, Costa já chegou a dizer que, se falar o que sabe, “não haverá eleição”.

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"Eu não tenho o que comentar sobre essa questão. Não tenho a menor ideia de qual é o acordo entre os interessados", afirmou a presidente ao ser questionada sobre o caso. Costa optou pela delação premiada por considerar que suas chances de deixar a prisão são reduzidas. Enquanto esteve na estatal, Costa manteve contato frequente com empreiteiros, políticos e com o doleiro Alberto Youssef, pivô do bilionário esquema de corrupção desarticulado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.

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Em vantagem nas pesquisas de intenção de voto, Dilma também afirmou que pretende comparecer a todos os debates entre presidenciáveis na televisão. “Vou a todos. Que eu saiba, até agora, serão quatro”. O primeiro será na terça-feira, promovido pela TV Bandeirantes.

Dilma também disse que será necessário construir um segundo aeroporto na região de Porto Alegre, apesar do projeto de expansão do terminal do Salgado Filho, já existente. A dúvida, afirmou, é quando o novo aeroporto deve ser feito. "Isso vai ter de ser resolvido, no máximo, até o final deste ano", afirmou.

No ato político, Dilma recebeu o apoio de 108 prefeitos e 67 vice-prefeitos. Até um representante do DEM discursou: Fábio Bratz, vice-prefeito de Ilópolis. Ainda assim, estava representada a minoria dos 497 municípios gaúchos. No Estado, o PP apoia Aécio Neves e parte considerável do PMDB havia aderido à candidatura de Eduardo Campos. Para assegurar o apoio dos prefeitos, Dilma enfatizou em seu discurso os programas federais que contemplaram os municípios: a construção de creches, a contratação de profissionais pelo Mais Médicos e a aquisição de equipamentos como retroescavadeiras e pás-carregadeiras. 

A presidente prosseguiu suas menções diretas e indiretas ao PSDB. Ela não fez críticas à candidatura de Marina Silva, que, segundo o Datafolha, está empatada tecnicamente com Aécio no primeiro turno e poderia vencer a presidente no segundo. "Tem dois projetos em confronto: um que quer o passado. O nosso não", disse, quando se referia à receita para enfrentar a crise financeira internacional.

A presidente também prometeu aos prefeitos levar a Ferrovia Norte-Sul até Rio Grande (RS). Hoje, os trilhos partem de Anápolis (GO) rumo ao Norte. Mas a maior parte da obra ainda não foi concluída. "O Sul era só Anápolis. Faltava tudo para a Norte-sul chegar ao Sul", disse ela, que não explicou algo essencial: continua faltando "tudo", já que não há um metro de trilhos entre Anápolis e Rio Grande.

A presidente seguiu direto para a visita de trecho da BR-448, construído em seu governo.  Lá, grava imagens para a propaganda eleitoral. Nesta sexta, ela participou de filmagens para seu programa de TV em um trem da rede metropolitana que atende a grande Porto Alegre. Depois, participou de um comício com cerca de 10.000 pessoas, ao lado de Tarso Genro, candidato do PT à reeleição para o governo, e de Olívio Dutra, petista que disputa o Senado.

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