Mônica Leal, vereadora de Porto Alegre (reprodução)
NÃO CONCORDO COM A PALAVRA GOLPE MILITAR, POIS NA VERDADE FOI UM CONTRA GOLPE, CONTRA A ESQUERDA QUE QUERIA SIM DAR O GOLPE, IMPLANTANDO O COMUNISMO.
Aline Torres, DCM
Um movimento desconexo, distante até daqueles que marcham pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, ganhou força nos últimos tempos.
Ganhou grupos nas redes sociais.
E adeptos públicos, como a vereadora porto-alegrense Mônica Leal (PP), que participou na quinta-feira, dia 31, de um jantar em comemoração aos 52 anos do golpe militar de 1964.
O jornal Sul21 publicou o convite de Mônica na íntegra:
"No dia 31 de março será realizado, às 20h, um jantar comemorativo do Movimento Cívico Militar de Março de 1964.
Os participantes são representantes da sociedade gaúcha, militares da reserva e civis.
O 31 de março de 1964 foi um movimento cívico militar na história do Brasil onde a sociedade reafirmou seus valores de liberdade, independência e progresso".
Por telefone, a vereadora explicou que acredita que o aniversário do golpe deve ser comemorado. "O movimento cívico de 31 de março defendeu a nação brasileira.
Foi um movimento democrático, que impediu a implantação do comunismo, combateu a ordem subversiva e a corrupção.
Ah, e é importante destacar, que teve o apoio da população brasileira na Marcha da Família com Deus pela Liberdade".
Mônica é filha do coronel do Exército Pedro Américo Leal, ex-deputado estadual e ex-vereador.
Sua vida política começou como supervisora no gabinete do pai na Câmara Municipal de Porto Alegre, em 1993, e após 11 anos ela virou sua herdeira política.
É autora do projeto de lei que impede homenagens a personagens históricos que considera subversivos, como Lamarca, Luiz Carlos Prestes e Carlos Marighella, assim como, é contrária a alteração do nome da antiga Avenida Castelo Branco para Avenida da Legalidade e Democracia, aprovada pela Câmara em 2014.
Mônica também tentou retirar do Memorial do Rio Grande Sul o acervo Luta Contra a Ditadura e se mostra insatisfeita com a apuração feita pela Comissão da Verdade, que investigou os crimes militares.
Seu pai, Pedro Américo era o porta-voz do regime militar no Rio Grande do Sul. Costumava afirmar nos jornais e redes de televisão que os militares não praticavam torturas e que faziam milagres para salvar o país.
Mônica perpetua a mesma crença e comemorou com seus pares, cerca de 150 pessoas, na Parrilla del Sur, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre.
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