O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Marcos Montes (PSD-MG), disse hoje (27) que vai sugerir ao vice-presidente da Republica, Michel Temer, uma mudança na Constituição para permitir que o Exército atue na repressão a movimentos sociais do campo, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).
Montes e
representantes da FPA estão reunidos neste momento com o vice-presidente para
tratar de assuntos ligados ao agronegócio que poderão ser adotados caso Temer
assuma o comando do país com oimpeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Ao chegar ao anexo do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete
do vice-presidente, Montes informou que esteve reunido na manhã desta
quarta-feira com representantes do Exército, a fim de “buscar alternativas”
para promoção da “paz no campo”.
“Recebi no meu gabinete integrantes do Exército brasileiro.
Estou buscando entender a função constitucional que o Exército tem para que ele
possa realmente ajudar o setor a ter mais paz no campo.
Não são os fazendeiros
e os produtores que vão entrar em luta corporal e armada com esses elementos
desordeiros financiados pelo próprio governo. Essa é uma das medidas que vamos
pedir ao vice-presidente”, acrescentou Montes.
O presidente da FPA acusou o governo Dilma de “municiar com
recursos” movimentos sociais “ilegais” que “promovem desordem” no campo,
afastando investimentos.
“O Exército tem como função específica agir na inteligência, na
obscuridade, tentando apaziguar um pouco.
Precisamos realmente trazer para nós
uma luta contra aqueles que promovem a desordem.
Se os estados não conseguem
fazer isso, nada mais justo que, mudando a Constituição, ou criando
alternativas, os governadores acionem as forças nacionais para atuar na defesa
do produtor rural.
Precisamos defender a propriedade.
Não é possível mais
convivermos em um ambiente em que a defesa da propriedade não seja feita”,
argumentou Montes.
Nome para
ministério
Perguntado se a FPA sugeriria nomes para o Ministério da
Agricultura, o deputado disse que o mais importante é a filosofia a ser
adotada.
“Não temos nomes, mas é importante que seja alguém identificado
com o setor, tenha boa relação com as entidades, com os parlamentares e com o
governo.
Não importa para nós nomes, mas a filosofia do governo e não só do
Ministério da Agricultura, mas a interrelação entre os ministérios.”
para o presidente da FPA, um eventual novo governo precisa
estruturar não apenas o Ministério da Agricultura, mas também outras pastas
para fortalecer o agronegócio.
“Queremos uma política que dê tranquilidade e esperança ao setor
que vem há muito tempo dando ao Brasil resultados extremamente positivos, mas
vem sofrendo.
Não adianta estruturar a Agricultura e não fazer o mesmo com
outros de que ele depende.
O que vamos apresentar ao vice-presidente Temer é,
se ele assumir, que tenha essa visão que esse governo não teve”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário