Revista istoé desmascara o acordão para salvar Dilma Rousseff.
Você
vaificar estarrecido!!!
Publicado em 3 de set de 2016
Você vai ficar estarrecido!!!
Como foi o acordão para salvar Dilma segundo a revista Istoé
No petismo, um provérbio popular se impõe de maneira eloqüente: nada é tão ruim
que não possa piorar.
O processo teve em seu último capítulo uma trama
sorrateira engendrada nos subterrâneos dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário.
Como a deposição de Dilma já eram favas contadas, alguns dos
principais protagonistas desse enredo se juntaram com o intuito de evitar que a
petista ficasse também inabilitada para exercer cargos públicos.
Para atingir esse
objetivo, toparam pisotear o claríssimo artigo 52 da Constituição Federal.
O
parágrafo único escrito na Carta Magna demonstra a óbvia indissociação das
penas.
Diz o texto: “condenação (…) à perda do cargo, com inabilitação, por
oito anos, para o exercício de função pública”.
Mesmo assim, na quarta-feira
31, o Senado, depois de aprovar o impeachment de Dilma por 61 votos a 20, pondo
fim a 13 anos de PT no poder, decidiu por 42 a 36 que a ex-presidente pode ser
nomeada para qualquer cargo público no País, mesmo depois de deposta.
O início da articulação
Por mais estapafúrdia que parecesse, a ideia de interpretar ao bel prazer um texto constitucional inapelável começou a ser gestada embrionariamente entre os petistas que ladeiam Dilma há cerca de 20 dias, conforme revelou em primeira mão a coluna Brasil Confidencial, da ISTOÉ, no dia 19 de agosto.
A defesa de
Dilma vinha examinando o caso do ex-presidente Fernando Collor que, em 1992,
renunciou pouco antes da votação no Senado que cassaria seu mandato.
Na
ocasião, ele arriscou um pretenso golpe de esperteza para evitar perder seus
direitos políticos, mas a jogada falhou e os parlamentares decidiram, mesmo
assim, excluí-lo do serviço federal por oito anos.
Dilma, de maneira distinta,
repetiu o lance e teve outra sorte.
“O primeiro passo foi dado pelo senador petista Lindbergh Farias, ao consultar a assessoria jurídica de Ricardo Lewandowski”
Há cerca de duas semanas, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), fazendo papel de emissário do grupo, procurou a assessoria jurídica do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, juiz que conduziu a etapa final do impeachment.
“O primeiro passo foi dado pelo senador petista Lindbergh Farias, ao consultar a assessoria jurídica de Ricardo Lewandowski”
Há cerca de duas semanas, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), fazendo papel de emissário do grupo, procurou a assessoria jurídica do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, juiz que conduziu a etapa final do impeachment.
Nas conversas com o Supremo, foi sinalizado ao senador que, sim,
haveria espaço para que a defesa apresentasse a questão de ordem para que
fossem realizadas duas votações separadas: uma para a perda do mandato de Dilma
e outra para sua inabilitação da função pública. Lewandowski e Lula já haviam
conversado a respeito.
Com esse aval Supremo, Lindbergh, voltou ao ninho
petista com a boa-nova. Iniciava-se ali uma pesada e discretíssima negociação
de bastidor.
Após o aval do Supremo, o próximo e fundamental alvo de cooptação foi o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Após o aval do Supremo, o próximo e fundamental alvo de cooptação foi o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A tropa dilmista sabia que sem
a adesão do alagoano a estratégia poderia soçobrar devido à sua forte
influência sobre congressistas.
Apesar de querer pular do naufrágio petista
para salvar a própria pele, Renan calculou que a ideia de fatiar em duas as
votações abriria um precedente que poderia vir a beneficiá-lo no futuro.
Pendurado em investigações da Lava Jato, Renan valeria-se da precedência aberta
nesse caso para garantir seus direitos políticos.
E não só a ele, como também
seu rebento Renan Filho, governador de Alagoas.
Com base nessa espécie de
“seguro de vida pública”, o presidente do Senado ajudou a articular a
artimanha.
Difícil encontrar o coração de um parlamentar que não se enterneça
diante da possibilidade de levar vantagem numa situação.
Para reforçar o processo de convencimento dos senadores ao que foi chamado nos corredores do Congresso de “impicha, mas não mata”, o ex-presidente Lula também exerceu papel fundamental.
Para reforçar o processo de convencimento dos senadores ao que foi chamado nos corredores do Congresso de “impicha, mas não mata”, o ex-presidente Lula também exerceu papel fundamental.
Em São Paulo e em Brasília, disparou telefonemas
para alguns parlamentares e encontrou-se com outros.
Coube à senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) atuar no corpo a corpo com os colegas.
Coube à senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) atuar no corpo a corpo com os colegas.
A
ruralista que virou amiga de Dilma foi destacada também para proferir um
discurso emotivo.
A tática foi discutida e supervisionada pela própria
presidente Dilma. Juntas, combinaram o tom.
Na tribuna, disse:
“A presidente
Dilma me autorizou a dizer que já fez as contas de sua aposentadoria e, pelo
fator previdenciário (…), ela já se aposentaria com em torno de R$ 5 mil.
Então, ela precisa continuar trabalhando para suprir as suas necessidades.”
O
argumento pode até ter sensibilizado os congressistas, mas certamente não deve
ter feito muito sentido entre os quase 12 milhões de brasileiros desempregados
ou pensionistas que recebem um salário mínimo.
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