Escolas, metrôs, ônibus e trens podem ser alguns dos serviços essenciais afetados pela greve geral nacional marcada para sexta-feira, 28 de abril. A paralisação foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), em todo o País, contra duas propostas que atingem diretamente os direitos dos brasileiros: as reformas da Previdência e trabalhista.
Vai mesmo parar?
Em termos práticos, se os trabalhadores dos transportes cruzarem os braços, muita gente que depende do transporte coletivo vai ficar sem conseguir chegar ao trabalho; a locomoção para quem tem carro também pode ficar comprometida por protestos nas ruas, que causam congestionamento e pontos de parada (geralmente, nas principais vias das cidades ou em rodovias de acesso).
É possível, ainda, que atividades como comércio e voos comerciais, além de serviços públicos, não funcionem neste dia. Cada cidade tem um panorama diferente e muitas categorias ainda não definiram o posicionamento na greve geral.
Entretanto, até o fechamento desta matéria, as seguintes adesões haviam sido confirmadas:
- Bancários (movimento nacional)
- Petroleiros (movimento nacional)
- Vigilantes e inspetores de segurança (São Paulo)
- Portuários (Rio de Janeiro)
- Metalúrgicos (São Paulo)
- Funcionários do transporte coletivo municipal e intermunicipal (Região metropolitana de São Paulo)
- Funcionários dos Correios (possivelmente, a partir de 26/4)
- Policiais civis (Pernambuco)
- Professores de redes municipais (Bahia, São Paulo)
- Professores da rede estadual e privada (São Paulo)
Motivos
A greve geral dos trabalhadores é um movimento causado pela insatisfação com o Governo de Michel Temer e suas medidas tanto em relação às mudanças nas regras da aposentadoria (reforma da Previdência) quanto na flexibilização da CLT (reforma trabalhista).
Desde 1996, o Brasil não tem a expectativa de uma greve tão grande, segundo matéria do UOL. Segundo especialistas ouvidos pelo site, o momento de insatisfação com as medidas de Michel Temer e com a política brasileira pode gerar um movimento "bem forte".
Greve geral nacional: 28 de abril
Entidades sindicais e sociais estão se organizando para a greve geral nacional. Isto significa que, desde as primeiras horas de 28 de abril, serviços e atividades de atendimento ao público podem não estar funcionando.
O movimento é reforçado por entidades sindicais e organizações sociais que são contra a Reforma da Previdência: A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Federal de Economia divulgaram uma nota contra a Reforma da Previdência.
“Nenhuma reforma que afete direitos básicos da população pode ser formulada, sem a devida discussão com o conjunto da sociedade e suas organizações. A Reforma da Previdência não pode ser aprovada apressadamente, nem pode colocar os interesses do mercado financeiro e as razões de ordem econômica acima das necessidades da população. Os valores ético-sociais e solidários são imprescindíveis na busca de solução para a Previdência”, diz um trecho da carta.
Os protestos devem se manter em 1º de maio, Dia do Trabalhador. Por ser feriado, o impacto na vida dos brasileiros deve ser menor, entretanto.
O que fazer?
Se você é trabalhador, a primeira coisa a fazer é se certificar sobre a adesão ou não de sua categoria ao movimento.
A orientação para os que precisam sair de casa na sexta-feira é consultar os meios de comunicação para entender a situação efetiva, principalmente em relação ao trânsito.
Paralisação: quais são os reflexos
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