No final da Segunda Guerra Mundial, quando as tropas aliadas liberaram os campos de concentração, o General Dwight Eisenhower escreveu:
"A evidência visual e o testemunho verbal da fome, crueldade e bestialidade, eram tão avassaladores que me deixaram doente".
Eisenhower estava determinado a expor a carnificina para o mundo.
Ele pediu permissão para consentir que os jornalistas e os membros do Congresso visitassem as terras e ordenou que todos os soldados que não estavam ativos na linha de frente que fossem ver o que tinha acontecido nestes campos.
Foi então que o mundo teve a noção do que havia acontecido com os milhões de judeus e com os ciganos, homossexuais, pessoas com deficiências e outras minorias.
Ao entrar em contato com os horrores do campo, Ike Eisenhower ordenou que jornalistas filmassem aquelas cenas grotescas para que o mundo tivesse conhecimento das bestialidades ali ocorridas.
Desde então, a palavra memória tem um peso especial para os cidadãos do mundo e especialmente para os judeus.
Somos herdeiros desta triste memória.
Somos responsáveis por expor, alertar, divulgar, educar jovens e adultos quanto ao que ocorreu.
Somos a voz de todo aquele que lá morreu ou sobreviveu à barbárie.
Somos os guardiões desta história, de uma época nefasta da humanidade.
Assim, temos o dever de lembrar e honrar nosso compromisso de evitar que o mundo produza mais Holocaustos.
Numa época em que muitos governos e povos se tornam novamente fascistas, precisamos veementemente avisar o mundo sobre qual é o resultado que o antissemitismo e a intolerância podem produzir.
A indiferença de muitos povos em relação ao que aconteceu é um dos grandes motivos para que o Holocausto tivesse prevalecido.
Hoje, sabemos melhor.
Hoje, estamos aqui como testemunhas.
Hoje, neste Iom HaShoá, honramos esta nossa obrigação de lembrar.
Hoje, temos a esperança de que o mundo nos ouça e compreenda o perigo que a humanidade desça novamente para um inferno conhecido, o extermínio de pessoas simplesmente porque são judeus, ou porque são minorias neste planeta.
Este é o nosso dever sagrado: lembrar e honrar nossos pais, avós, irmãos, tios que foram impedidos de viver uma vida plena.
Nós, como povo judeu, devemos fazer o esforço para que falemos e denunciemos todos os dias a tragédia que nos ocorreu.Fonte
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