"É óbvio que haverá um acordão político contra a Lava Jato"
Para a ex-corregedora nacional de Justiça Eliana Calmon, o Congresso está "com a faca e o queijo na mão" para se blindar contra a Lava Jato.
Leia o que disse à Folha:
"Há risco de um "acordão" para sobrevivência política dos investigados?
Vejo essa possibilidade, sim, pelo número de pessoas envolvidas e pela dificuldade de punição de todas elas.
O Congresso Nacional já está tomando as providências para que não haja a punição deles próprios.
Eles estão com a faca e o queijo na mão.
É óbvio que haverá uma solução política para livrá-los, pelo menos, do pior.
Como vê a crítica de que a lista criminaliza os partidos e a atividade política?
É uma forma de inibir a atividade do Ministério Público e da Justiça.
Os políticos corruptos nunca temeram a Justiça.
O que eles temem é a opinião pública e a mídia.
Eles temem vir à tona tudo aquilo que praticavam.
O MP e a Justiça são tão burocratizados que se consegue mais rápido uma punição denunciando, tornando público aquilo que eles pretendem manter na penumbra."
"A Lava Jato ainda pegará o Judiciário"
Em entrevista à Folha, Eliana Calmon, ministra aposentada do STJ e ex-corregedora nacional de Justiça, afirma que chegará a hora do Judiciário. Veja:
"A Lava Jato poderá alcançar membros do Poder Judiciário?
No meu entendimento, a Lava Jato tomou uma posição política.
É minha opinião pessoal. Ou seja, pegou o Executivo, o Legislativo e o poder econômico, preservando o Judiciário, para não enfraquecer esse Poder.
Entendo que a Lava Jato pegará o Judiciário, mas só numa fase posterior, porque muita coisa virá à tona.
Inclusive, essa falta tem levado a muita corrupção mesmo. Tem muita coisa no meio do caminho.
Mas por uma questão estratégica, vão deixar para depois.
Como a senhora avalia essa estratégia?
Acho que está correta. Do tempo em que eu fui corregedora para cá, as coisas não melhoraram. Há aquela ideia de que não se deve punir o Poder Judiciário.
Nas entrevistas, Noronha [o atual corregedor nacional, ministro João Otávio de Noronha] está mais preocupado em blindar os juízes.
Ele diz que é preciso dar mais autoridade aos juízes, para que se sintam mais seguros.
Caminha no sentido bem diferente do que caminharam os demais corregedores."
O mérito de Lula
A imprensa tucana ataca a Lava Jato dizendo que os depoimentos da Odebrecht diluem a responsabilidade de Lula, porque disparam para todos os lados.
O Estadão, em editorial, ridiculariza esse argumento... [ leia mais ]
Dossiê dos aloprados: o dia em que fui indiciado
A revelação de que o dinheiro dos aloprados era da Itaipava/Odebrecht dá um ponto final a um dos episódios que marcaram a minha vida. Eu, Mario, escrevi um artigo a respeito do assunto, publicado na nossa newsletter e também no livro "Cartas de um Antagonista".
Aí está o artigo... [ leia mais ]
- Aloprados do PT usaram dinheiro da Itaipava/Odebrecht
Luiz Eduardo Soares, um dos delatores da Odebrecht, contou à força-tarefa da Lava Jato que o dinheiro usado pelos "aloprados do PT" -- 1,7 milhão de reais, em espécie --, para tentar comprar um dossiê fajuto contra José Serra, em 2006...
O escândalo dos aloprados, de 2006, envolveu o coordenador da campanha de Lula, Ricardo Berzoini, o gorila de Lula, Freud Godoy, o marido da secretária de Lula, Osvaldo Bargas, o churrasqueiro de Lula, Jorge Lorenzetti.
Na época, porém, a imprensa acabou comprando a mentira plantada por Lula de que o responsável pelo esquema era Aloizio Mercadante...
Em 2006, quase toda a imprensa se dedicou a isolar Lula de seus aloprados.
Mario Sabino foi o único indiciado no caso (releia aqui).
E eu, Diogo, continuei pateticamente a apontar o dedo para o comandante máximo da ORCRIM...
Maria do Rosário ficou "sem chão" ao ser delatada pela Odebrecht
Maria do Rosário, que integrou a tropa de choque contra o impeachment de Dilma, cumpriu o script dos citados nas delações da Odebrecht: em uma carta publicada nas redes sociais, protestou, declarou-se inocente e afirmou que ficou "sem chão"...[ leia mais ]
Odebrecht pagou US$ 3,4 bilhões em propinas
Segundo Hilberto Mascarenhas, o chefe do departamento de propinas da Odebrecht, foram pagos US$ 3, bilhões em propinas entre 2006 e 2014. O ápice da esbórnia ocorreu...[ leia mais ]
À esquerda de Lula
Uma parte da esquerda, com trinta anos de atraso, compreendeu que Lula é um reles aproveitador...[ leia mais ]
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André Vital, diretor da Odebrecht na Bahia, afirmou em sua delação que ACM Neto recebeu R$ 1,8 milhão via caixa 2 para a campanha de 2012...[leia mais ]
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Para forçar Dilma a conter a Lava Jato, Marcelo Odebrecht enviou-lhe documentos sobre o caixa 2 de sua campanha à reeleição. O emissário foi Fernando Pimentel, segundo João Nogueira, um dos delatores da empreiteira...[ leia mais ]
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