Hilberto Mascarenhas da Silva, diretor do departamento da propina, revelou à PGR que a Odebrecht dividiu com outra empresa o pagamento de R$ 62 milhões à campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014.
Num e-mail entregue pelo delator, Marcelo Odebrecht questiona Alexandrino Alencar sobre a responsabilidade da empresa em relação a alguns pagamentos: "Só para ficar claro: ficamos apenas com os 20 iniciais + 5 adicionais para Feira. E os outros 37 que era para ser conosco ficou para o açougueiro?."
E continua: "Se for sugiro que LB acompanhe com o cara para ter certeza que ele sabe que o compromisso não está mais conosco e que CMF acompanhe/alinhe com MT, até porque deveria haver um tema de SP para nos liberar."
Questionado, Hilberto disse aos procuradores: "Ao que me recordo, creio que o nome açougueiro se refere à família da JBS. Além disso, há menção a MT no e-mail, que seria o então vice-presidente da República, Michel Temer", diz o delator.
Diante dos pagamentos desconhecidos do diretor do setor da propina, Hilberto pede a Alexandrino um encontro pessoal para "entender esta suruba".
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