Polícia Civil do DF fez ação contra a pedofilia Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
Polícia Civil do DF realizou ação de combate à pornografia
infantil
Investigadores da Polícia Civil do Distrito Federal e até o
delegado que lidera a Operação Infância Violada 2, de combate à pedofilia, se
mostraram chocados com o conteúdo apreendido na casa de criminosos.
A ação deflagrada nesta sexta-feira (24) prendeu cinco pessoas
em flagrante, acusadas de armazenar e compartilhar imagens pornográficas de
crianças e adolescentes. Entre os detidos estão um servidor do Conselho
Nacional de Justiça e um oficial do Exército.
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– É uma coisa doentia, que não para. Passei até mal com o que
acontece ali, com crianças que nem na puberdade estão. E já estão praticando
sexo com adultos – disse o delegado-chefe da 3ª DP, Ricardo Viana.
As investigações mostraram que os pedófilos compartilhavam os
arquivos em um formato conhecido como “peer-to-peer” (P2P), quando um computador
se conecta a outro para enviar o material, de forma que cada máquina funciona
como servidor e cliente ao mesmo tempo.
– Resumindo, é uma espécie de torrent que
as pessoas usam para baixar filmes e músicas na internet – explicou um agente.
Isto significa que não é possível saber onde se originaram os
arquivos e nem quem está disponibilizando. Antes utilizado largamente para
baixar músicas, filmes e fotos, esta tecnologia agora é usada de forma
criminosa.
Na maioria dos casos, os servidores, espécie de “endereço” que
controla os compartilhamentos, ficam hospedados em outros países para
dificultar ainda mais o rastreamento e a investigação.
MILITAR E SERVIDOR DO CNJ
As investigações apontam que o oficial do Exército preso é suspeito de
armazenar e compartilhar vídeos e fotos de crianças em situação de abuso
sexual.
Já o servidor do CNJ teria feito downloads de conteúdos parecidos, mas
não repassou o material.
Em nota, o CNJ disse que “desconhece os fatos” e que “tão logo
informado pelas autoridades competentes, irá tomar as medidas funcionais
cabíveis”.
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