Seita escravizava sexualmente meninas e mulheres Foto: ANSA
Grupo criminoso existia há 30
anos
Autoridades policiais da Itália
desmontaram uma seita criminosa que há 30 anos escravizava e abusava sexualmente
de menores de idade e de mulheres. O grupo era liderado por um homem de 77
anos.
Segundo a polícia de Novara, a
investigação ocorria em sigilo há pelo menos dois anos. As apurações foram
feitas pela Procuradoria de Turim e pela Direção Distrital Antimáfia e
culminaram na Operação Dionísio. Também houve outras 50 buscas e apreensões em
Turim, Milão e pequenas cidades da região.
Na ação, o líder do grupo foi
preso e indiciado por associação criminosa que explorava a escravidão sexual.
Ele também foi acusado de “numerosos e graves crimes de âmbito sexual, também
com danos a menores”.
Segundo autoridades, o líder do
grupo aliciava meninas e jovens com aulas de dança ou de “práticas mágicas”.
Nestas atividades, o homem usava “métodos de prática sexual extremas e
dolorosas, em verdadeiras torturas” para “anular o eu pensante” e
desconectá-las da realidade.
As vítimas também relataram que o
homem, a quem deviam chamar de “Doutor”, escolhia quais delas iriam “trabalhar”
e quais iriam “diverti-lo”. O poder do “Doutor” também tornava a seita a única
fonte de renda da vítima, obrigando-a a se manter no grupo. Aquela que ameaçava
deixar a seita sofria graves ameaças.
A polícia classificou a seita
como uma “organização criminosa quase impenetrável” e que resultou em
“permanentes danos mentais” a algumas das mulheres resgatadas.
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