Documentos
divulgados como parte de um processo judicial apontam a um envolvimento da CIA
nos ataques terroristas, e uma tentativa da organização e do FBI de encobrir
uma ligação à Al-Qaeda.
Pelo menos dois dos sequestradores dos ataques de 11 de setembro
de 2001 eram monitorados de perto pela Agência
Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA e podem até ter sido
recrutados pela agência muito antes de ajudarem a colidir dois aviões Boeing
767 no World Trade Center, revelam documentos recém-publicados.
O processo judicial contém
testemunhos de vários investigadores do FBI que argumentam que a CIA obstruiu
as investigações oficiais sobre o ataque terrorista a
fim de ocultar suas conexões com a Al-Qaeda (organização
terrorista, proibida na Rússia e em vários outros países). Ela também teria
mentido sobre não as ter.
Juíza nos EUA
impede publicação de relatório de tortura da CIA por questão de 'segurança
nacional'
17 de setembro 2022, 17:46
Mais surpreendente foi a revelação de um agente do FBI, chamado de CS-23, de que foram abertas contas bancárias americanas e um apartamento em San Diego, Califórnia, para os dois sequestradores, "a mando da CIA".
De acordo com o agente do FBI citado pelo processo judicial, "a CIA usou
sua relação de ligação com os serviços de inteligência sauditas para conduzir uma operação em solo americano".
Segundo os documentos, Omar al-Bayoumi dirigiu a relação com os
sequestradores Nawaf al-Hazmi and Khalid al-Mihdhar.
Provavelmente procurando evitar qualquer divulgação semelhante,
explicou o agente, "quando funcionários do FBI em San Diego e na sede do
FBI tomaram conhecimento tanto da afiliação de al-Bayoumi com a inteligência
saudita, como, posteriormente, da existência da operação da CIA para recrutar
al-Harmi e al-Mihdhar através de al-Bayoumi [...] altos funcionários do FBI
suprimiram as investigações sobre o acima exposto".
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