20/09/2012
às 18:49
PT constrange partidos aliados
a assinar nota de apelo golpista em favor de Lula e contra a imprensa, contra o
STF e contra os fatos!
Circula
por aí uma nota de espírito golpista — contra os fatos, contra a imprensa,
contra o STF e, pois, contra a democracia — assinada por presidentes de seis
partidos políticos. O líder, claro, é Rui Falcão, chefão do PT. Leiam o
texto. Volto em seguida.
À SOCIEDADE BRASILEIRA
O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB, representados pelos seus presidentes
nacionais, repudiam de forma veemente a ação de dirigentes do PSDB, DEM e PPS
que, em nota, tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada pela Revista
Veja, pretendem transformar em verdade o amontoado de invencionices colecionado
a partir de fontes sem identificação.
As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia sem prova.
O gesto é fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro. Impotentes, tentam fazer política à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa, que não hesitam em golpear sempre que seus interesses são contrariados.
Assim foi em 1954, quando inventaram um “mar de lama” para afastar Getúlio Vargas. Assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos de ditadura.
O que querem agora é barrar e
reverter o processo de mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota
do desenvolvimento com distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões
de brasileiros marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após
anos de submissão a interesses externos.
Os partidos da oposição tentam apenas confundir a opinião pública. Quando pressionam a mais alta Corte do País, o STF, estão preocupados em fazer da ação penal 470 um julgamento político, para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula .
A mesquinharia será, mais uma vez, rejeitada pelo povo.
Rui Falcão, PT
Eduardo Campos, PSB
Valdir Raupp, PMDB
Renato Rabelo, PCdoB
Carlos Lupi, PDT
Marcos Pereira, PRB.
Eduardo Campos, PSB
Valdir Raupp, PMDB
Renato Rabelo, PCdoB
Carlos Lupi, PDT
Marcos Pereira, PRB.
Brasília, 20 de setembro de
2012.
Vamos ver. A maioria dos presidentes de
partido foi constrangida a assinar a nota.
Quem os mobilizou falou pessoalmente
em nome de Lula.
Ficou claro que era um favor de caráter pessoal.
Quanto
ao mérito, dizer o quê? “Fantasiosas” são as convicções democráticas dos que
promoveram essa peça patética — mais um desdobramento da loucura que vai
tomando conta de Lula.
Golpista é roubar dinheiro do Banco do Brasil
para financiar um projeto de poder. Golpista é tentar montar um Congresso
paralelo, sustentado por uma propinoduto. Golpista é tentar intimidar o
Supremo. Golpista é tentar calar a imprensa livre.
Golpismo, no entanto, inútil. Pela maioria de
suas vozes, o Supremo deixa claro que zela por sua independência. A imprensa
independente, por sua vez, continuará a fazer o seu trabalho: retratar os
fatos, zelar pela verdade e vigiar os Poderes da República, tendo como
referência a Constituição.
Golpistas de 1954? Golpistas de 1964? Essa
nota é assinada pelo PMDB, de que José Sarney, aliado dileto de Lula, é um dos
capas-pretas? Seria aquele mesmo Sarney que foi estrela da UDN, que fez
oposição severa a Getúlio, e que presidiu depois o PDS (partido sucedâneo da
Arena) e que comandou os votos governistas na rejeição da emenda das Diretas?
Trata-se de uma apreciação, também ela, fantasiosa e ridícula.
Os signatários que apenas fazem um favorzinho
pessoal a Lula não se dão conta de que põem sua assinatura num documento que
tenta, a um só tempo, constranger a imprensa e a Justiça. Uma tentativa,
acreditem vocês e os signatários, inútil.
Por Reinaldo Azevedo
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