Posted: 29 Sep 2012
O governo dos Estados Unidos vai aumentar as pressões sobre o Irã para avançar nas negociações para evitar um ataque por parte de Israel às instalações nucleares iranianas, informou nesta segunda-feira o jornal "The New York Times".
Citando fontes anônimas militares, a publicação garante que os EUA devem fazer neste mês um exercício naval nas imediações do golfo Pérsico com a colaboração de 25 países para evitar que o Irã tente bloquear as exportações de petróleo através do estreito de Hormuz, pelo qual passa 40% do petróleo mundial.
Na mesma época, Teerã fará treinamento antiaéreo na região das usinas nucleares para testar o sistema de defesa em caso de um ataque externo.
A administração de Barack Obama pretende concluir nos próximos meses um sistema de radar no Qatar que funcionaria em conjunto com os aparelhos existentes em Israel e na Turquia para formar um sistema de cobertura antimíssil.
Apesar das pressões anunciadas pelo "The New York Times", hoje o jornal israelense "Yedioth Ahronoth" garantiu que os Estados Unidos transmitiram uma mensagem ao Irã, através de mediadores europeus, de que não apoiarão um eventual ataque israelense contra suas bases nucleares.
SEM APOIO
Em artigo, o jornal informa que a Casa Branca enviou nos últimos dias uma mensagem clara a Teerã através de dois países europeus não mencionados.
O aviso dizia que os Estados Unidos não apoiarão um ataque unilateral de Israel sem coordenação prévia, nem vão se deixar levar a uma guerra.
A publicação acrescenta que Washington deixou claro ao Irã que, caso aconteça a ofensiva israelense, Teerã não deve atacar alvos americanos no golfo Pérsico, como bases militares, embarcações e porta-aviões estabelecidos na região.
De acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgado na última quinta-feira, o Irã aumentou sua capacidade de enriquecimento de urânio com a instalação de mais máquinas e continua produzindo mais combustível nuclear, ignorando as exigências das Nações Unidas.
O relatório explica que os iranianos instalaram mais centrífugas de urânio nas usinas de Natanz e Fordo e acumulam 189,4 quilos de urânio enriquecido a 20%, um número 23% maior que o declarado no relatório de maio.
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