Vá entender o governo da excelentíssima senhora gerentona Dilma Rousseff.
O governo anuncia que dará incentivo a carros “verdes” — híbridos e elétricos.
Isso será feito alterando as regras do atual regime automotivo de forma a incluir os automóveis mais amigáveis ao meio ambiente em programa de benefícios fiscais.
A indústria terá que cumprir determinadas metas de eficiência energética até 2017 para usufruir do novo regime.
Haverá uma série de regras para que determinada indústria usufrua desses benefícios, que agora não vêm ao caso.
Talvez — um talvez bem distante — se mudem regras burras, que taxam pesadamente os carros híbridos importados: 35%, no mínimo. É por isso que o fabuloso híbrido Toyota Prius, o híbrido mais vendido no mundo (quase 2 milhões de unidades) que, no mercado internacional, tem preço-base em torno do equivalente a 40 mil reais, custa 120 mil no Brasil.
No exterior, há cidades inteiras, como Vancouver, no Canadá, cuja frota de táxis é constituída exclusivamente por híbridos — no caso, os Prius. Em Barcelona, na Espanha, 20% dos táxis já são híbridos.
Pois muito bem, que maravilha se esse quadro todo mudar.
Há, porém, um porém no caso dos carros elétricos: eles, como se sabe, consomem eletricidade. E expandir a frota significa mais consumo de eletricidade.
Ocorre, contudo, que, atualmente, mesmo sem ainda ter carros elétricos, 22% da energia consumida no Brasil é gerada por termelétricas — que em muitos casos são poluentes e, quando não, consomem aquilo que os elétricos pretendem poupar: petróleo ou gás natural.
O custo mensal para manter essas térmicas ligadas, como já revelou o Radar do Lauro Jardim, é de 1,1 bilhão de reais. Isso com o país de maior potencial hidrelétrico do mundo!
A equação não fecha, e nem parece que vá fechar.
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