O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou nesta
última segunda-feira (4), Paulo Maluf (PP) à suspensão de seus direitos
políticos por 5 anos e ao pagamento de multa pelo superfaturamento do
Túnel Ayrton Senna, obra emblemática de sua gestão na Prefeitura, entre
1993 e 1996. A decisão, porém, não terá valor prático enquanto houver
possibilidade de recursos. O deputado federal, de 82 anos, deve se
livrar até mesmo da Lei da Ficha Limpa e poderá concorrer nas eleições
do ano que vem.
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Maluf
é um dos políticos com a ficha mais suja do Brasil. Foi prefeito de São
Paulo, Secretário de Transportes, Governador do Estado de São Paulo e
deputado Federal. Sua onda de escândalos começa junto a sua carreira
política. Procurado pela Interpol, Paulo Maluf pode ser preso em 181
países pela polícia americana.
Dono de paraíso fiscal como na
Ilha de Jersey, Paulo Maluf (PP) é conservador, controverso e polêmico.
Devido a tantos escândalos, acredito que estes nem o intimidam mais.
Atualmente, Paulo Maluf foi eleito deputado federal pelo estado de São
Paulo com mandato até 2014. Seus escândalos são interligados, buscando
atender os interesses da família Maluf. Inclusive, seu filho Flávio
Maluf, está na lista de procurados pela Interpol. Confira a lista dos
maiores escândalos envolvendo o nome do político com a ficha mais suja
do Brasil.
Doação de Fuscas na Copa de 70
Prefeito da cidade de São Paulo em 1970, Paulo Maluf foi acusado de
desvio de dinheiro público para a compra de 25 fuscas. O presente foi
dado aos jogadores da seleção brasileira após terem vencido a Copa do
Mundo. O prefeito foi julgado através de uma ação pública, recorreu e
continua impune para descontentamento geral da nação.
Eucatex
Paulo Maluf e sua família melhor dizendo, sua quadrilha, são
obrigados judicialmente a pagar mais de 300 mil libras, devido ao desvio
de dinheiro de obras superfaturadas em São Paulo. A verba foi desviada
para as Ilhas Virgens britânicas para compras de ação da Eucatex. A
família Maluf conta com três empresas offshore, empresas mantidas em
paraísos fiscais.
Precatória
O montante dessa vez foi muito maior, algo em torno de 600 milhões.
Com a ajuda de Celso Pitta, outro político com ficha suja no país, Paulo
Maluf durante seu mandato como prefeito de São Paulo (1993-1996) emitiu
quase um bilhão em títulos precatórios, que são títulos de dívidas
judiciais. Esse dinheiro foi repassado pelo governo Federal a prefeitura
de São Paulo, porém somente 30% foram utilizados para pagamento de
dívidas. O restante? Adivinha onde foi parar? Direto no bolso do
político corrupto. Foi instaurada uma CPI para averiguar irregularidades
na emissão de tais títulos precatórios. De que forma acabou? Em pizza!
Frangogate
O favorecimento da família Maluf não restringe somente a seus
parentes diretos, como seus filhos e sua esposa, Sylvia Maluf. Em 1996,
durante uma licitação para compra de frango congelado destinado a
creches e escolas municipais da cidade, Maluf colocou a família na
frente novamente. Mesmo após a empresa Sadia vencer a licitação, o
contrato foi reincidido devido a um reajuste foi repassado pela empresa,
alegando o aumento do preço ração para alimentação das aves. O que
resultou? Sem nova licitação, Paulo Maluf repassa o fornecimento sem
abertura de nova licitação a D'Oro alimentícios, empresa do irmão da
esposa do político que dobrou seu faturamento com tal prática.
Obras superfaturadas
Paulo Maluf seria considerado um gênio da corrupção se sua prática
fosse despercebida por todos. O político fazia com que o dinheiro fosse
desviado dos cofres públicos rodando todo o mundo e voltando diretamente
ao seu bolso. O ex-prefeito de São Paulo é acusado de desviar mais de
500 milhões de reais durante seu mandato de obras superfaturadas na
cidade de São Paulo. O prefeito foi condenado diversas vezes, e por
todas elas, quando não pagou uma indenização ínfima, passou impune e
continua a exercer cargo político eletivo.
Pau Brasil
A empresa de engenharia Pau Brasil, financiou a campanha de Maluf a
prefeitura de São Paulo. Através de cotações, Maluf recebeu muito
dinheiro da empresa Pau Brasil e suas empresas associadas. O resultado
foi o mais esperado possível. A empresa conseguiu vencer a maioria das
licitações, (se é que houve), ficando responsável pela execução de obras
na administração de Maluf. Um exemplo claro de que as campanhas
eleitorais deveriam ser financiadas com o dinheiro público, para que
nenhum político seja refém do setor privado, logo a corrupção
diminuiria.
Atualmente, Paulo Maluf é deputado federal pelo estado de São Paulo.
Inacreditável, não? Mesmo envolvido em diversos escândalos, ter
desviados milhões de dólares de cofres públicos, ser processado por
diversas vezes, ele foi eleito em 2010. Enquanto os interesses no Brasil
sobrepuserem à ética e valores morais ligados á política, e a
impunidade parlamentar perdurar, tudo continuará da mesma forma. Os
maiores ladrões se encontram no Congresso Nacional, e tudo terminará em
pizza.
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