E agora, o que esperar de um cometa tão surpreendente? Mais surpresas. A princípio, o cometa pode continuar brilhando, mas também pode evaporar e desaparecer.
Se ele seguir o roteiro que os cientistas haviam previsto, deverá ser visível a olho nu entre o início de dezembro e o meio de janeiro.
Supondo que eles estavam certos antes, o que restou do cometa ISON provavelmente poderá ser visto a olho nu. Quem quiser observá-lo deve olhar na direção leste-sudeste meia hora antes do nascer do sol. Claro que, depois do que aconteceu neste dia 28, ninguém mais quer arriscar nenhum palpite sobre o que este cometa “felino” fará. [BBC News, Comet ISON 2013, BadAstronomy, Helioviewer.org, NASA, GSFC Nasa]
Lembra do comenta ISON, aquele que poderia tornar-se muito brilhante e visível em todo o mundo até o final de 2013? Ele tem confundido – e muito – os cientistas.
Como já diria o astrônomo David H. Levy, um dos codescobridores do cometa Shoemaker-Levy, “cometas são como gatos, eles têm caudas e fazem exatamente o que querem”.
ISON não é diferente. O astrônomo Phil Plait já havia afirmado em seu blog, o “Bad Astronomy“, que ISON apresentou um comportamento anormal desde o princípio: era um cometa do tipo rasante vindo da Nuvem de Oort, o que não parecia fazer sentido (um objeto do seu tipo nunca havia sido observado vindo daquela região do sistema solar). Também, tinha tamanho suficiente para sobreviver a pelo menos uma passagem próxima ao sol.
No entanto, ao se aproximar do astro, ISON ficou brilhante, depois perdeu o brilho, depois pareceu ter se desfeito em poeira, e quando emergiu do outro lado, parecia mais esmigalhado ainda, só para mais tarde apresentar novamente algum brilho. Hãn?!
“Nestas alturas, eu me recuso a emitir quaisquer conclusões sobre este cometa. Ele parece disposto a nos confundir. Eu ouvi comentários de especialistas em cometas que estão espantados”, comenta Plait em seu blog.
Depois do que pareceu o fim do cometa, ISON foi dado como provavelmente morto pelos astrônomos. O pesquisador solar da marinha americana Karl Battam disse que o “ISON provavelmente não sobreviveu a esta jornada”, e Phil Plait concordou, afirmando que não achava “que o cometa tivesse conseguido passar”. O físico solar Alex Young, da Nasa, apontou que ainda faltavam algumas horas para confirmar sua destruição, mas que as coisas não pareciam boas.
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