03/11/2013
às 16:00 \ Política & Cia
Do blog Política & Economia Na Real, do jornalista José Márcio Mendonça e do economista Francisco Petros
UM POTE DE INSATISFAÇÕES – 1
Quem frequenta eventos empresariais, abertos ou fechados, nos quais não há a presença de autoridades – sempre um inibidor de manifestações mais críticas – já vinha notando, há algum tempo, um aumento crescente da insatisfação com o governo Federal.
Era uma sensação difusa, generalizada, que nem medidas consideradas positivas para o setor, como, por exemplo, a desoneração da folha de pagamento em diversas áreas, atenuava. E que não está ligada apenas aos momentos menos felizes que vive a economia nacional.
Tem alguma coisa a ver com a “filosofia” do governo Dilma, à sensação de que ele é menos pró-empresas do que foram Fernando Henrique e Lula.
Agora, o que eram apenas observações contidas está gerando reações mais pontuais e objetivas. Houve um ensaio antes, quando algumas companhias de eletricidade reagiram contra o plano de renegociação de seus contratos que estavam vencendo, caso da Cemig (Minas) e da Cesp (São Paulo).
Mas aí eram empresas estatais ou ainda com forte ranço estatal.
Um pote de insatisfações – 2
Desta vez não. Três fatos recentes mostram a mudança de ânimo :
1. Um grupo de entidades empresariais entrou na Justiça contestando a manutenção do adicional de 10% na multa do FGTS por demissão de funcionários em justa causa.
2. Outro grupo de empresas aciona o Judiciário contra as regras de privatização de terminais portuários.
3. E um terceiro grupo também recorre à Justiça para poder concorrer ao leilão dos aeroportos de Confins e Galeão. São os concessionários que já tocam os aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos, insatisfeitos com o limite de 15% de participação, para eles, nos consórcios que concorrerão às novas concessões.
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