Este é o castelo de Trujillo, localizado na província espanhola de Cáceres. É digna de nota a tática empregada na sua construção: muralhas extensas e torres enormes.
Se construíram muralhas tão grandes, por que edificar torres tão salientes? Não seria melhor concentrar tudo na muralha? Qual é o papel militar da torre?
A finalidade da torre era a seguinte: os inimigos quando atacavam eram enfrentados dos dois lados. Tática que oferecia aos defensores um embasamento melhor.
Os atacantes levavam altas escadas e catapultas — aparelhos que lançavam pedras pesadíssimas sobre os que guarneciam a muralha —, também dardos incendiários e barricas com material incendiário projetados para dentro do castelo.
Assim, as torres e muralhas constituíam o sistema de defesa, mas não eram inexpugnáveis. Era árduo tomar um castelo, mas uma glória tê-lo conquistado.
Entretanto, nos séculos em que as armas de fogo começaram a serem utilizadas, esses castelos perderam o significado militar para as grandes guerras, nas quais se passou a utilizar canhões e o castelo não mais conseguia resistir.
Desse modo, muitas fortificações foram arruinadas. Símbolos magníficos de heroísmo que foram assim arrasados.
Para se evitar essas ruínas, a solução teria sido haver nobres que habitassem os castelos, mas isentos de espírito de revolta contra os reis; e reis que não desejassem liquidar os nobres, nem as autonomias regionais.
A raiz do mal: os soberanos, os senhores e os povos estavam decaindo religiosamente. Era a decadência produzida pelas três Revoluções — a protestante, a francesa e a comunista, como explanadas em minha obra Revolução e Contra-Revolução.
Como consequência, nada mais funcionava bem. E, assim, chegou-se ao caos da época atual.
Afastando-se Nosso Senhor Jesus Cristo, Nossa Senhora e a Santa Igreja do centro dos acontecimentos, envereda-se para a via do caos.
(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, Excertos da conferência proferida em 5 de maio de 1984. Sem revisão do autor, apud CATOLICISMO, outubro 2014)
O castelo de Trujillo, na região de Extremadura, na Espanha, foi construído entre os séculos IX e XII sobre o morro conhecido como Cabeza del Zorro (Cabeça da Raposa).
Os fundamentos mais antigos que ficaram em pé são duas cisternas árabes. Muros e torres foram feitas com blocos de granito.
A porta de entrada com seu arco em forma de fechadura evoca reminiscências árabes.
Mas é presidida por uma imagem de Nossa Senhora da Vitória, padroeira de Trujillo, que fala de lances épicos e proteções sobrenaturais.
Originariamente possuía 7 portas, mas atualmente só ficam quatro: as de Santo André, Santiago, de Coria e do Triunfo, reformadas nos séculos XV e XVI.
As torres em pé são 17, todas de forma retangular.
A área protegida pelo recinto amuralhado é conhecida como o Bairro Velho da cidade.
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