Provável fusão entre PSDB e DEM pode empurrar Ronaldo Caiado para o PMDB e para o petismo

Na foto Ronaldo Caiado Crédito: Fernando Leite
Especula-se que Ronaldo Caiado tende a se filiar ao PMDB | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
A fusão entre PSDB e DEM é vista como iminente — deve ser feita no primeiro semestre de 2015 — e vai provocar mudanças radicais na política de Goiás. O deputado federal Ronaldo Caiado, recém eleito senador, se confirmada a união entre os dois partidos, deve se filiar noutra legenda.
O problema de Ronaldo Caiado é que pretende fazer oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff, porém, se não se filiar ao partido que resultar da fusão entre PSDB e DEM, terá dificuldade para se filiar numa legenda que faça oposição cerrada e consistente à hegemonia petista.
Especula-se que Ronaldo Caiado tende a se filiar ao PMDB — o que o tornaria a figura de proa do partido em Goiás. Mas não é fácil. Porque o PMDB é, hoje, irmão siamês do PT. Os dois fizeram um pacto faustiano, diriam Goethe e Thomas Mann. Fi­liar-se ao PMDB é, portanto, integrar-se à base da presidente Dilma Rousseff.
Mas é mais fácil Ronaldo Caiado integrar-se ao PMDB do que aliar-se ao PSDB. Não que tenha problemas com o tucanato nacional, mas em Goiás há um descompasso entre o deputado e o governador Marconi Perillo.
O senador eleito acalenta há anos, pelo menos desde 1994 — quando foi atropelado por Lúcia Vânia, do PP (hoje, no PSDB), e Maguito Vilela, do PMDB —, o sonho de disputar o governo de Goiás. De algum modo, a ascensão de Marconi Perillo em 1998 — e sua cristalização como principal político de Goiás, eleito quatro vezes governador — parecia ter soterrado os planos de Ronaldo Caiado. Entretanto, o ocaso de Iris Rezende, que não tem mais nenhuma chance de disputar o governo, depois de três derrotas acachapantes, transformou o democrata no principal líder da oposição ao tucanato.
Há apenas um pedra no caminho de Ronaldo Caiado — o vilelismo. O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), prepara seu filho, Daniel Vilela, eleito deputado federal com uma votação extraordinária — quase 200 mil votos —, para disputar o governo de Goiás em 2018.

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