Emílio Odebrecht enviou um relato escrito à PGR sobre seu acordo com Lula para os pagamentos ao PT.
O Estadão citou um trecho do documento:
"Lembro de, em uma dessas ocasiões, ter dito ao então presidente que o pessoal dele estava com a goela muito aberta.
Estavam passando de jacaré para crocodilo".
Emílio Odebrecht disse que pedidos de dinheiro eram feitos por Lula diretamente a ele, "mas que os dois sempre designavam um representante de cada lado para negociar valores e tratar de detalhes".
No caso, Antonio Palocci pelo PT e Pedro Novis ou Marcelo Odebrecht pela empreiteira.
Disse Emílio Odebrecht:
"Lembro de, algumas vezes, ter dito a ele algo como: 'Presidente, seu pessoal quer receber o máximo possível, e meu pessoal quer pagar o mínimo necessário.
Já instruí meu pessoal para chegar ao melhor acordo, e peço também ao senhor para conversar com seu pessoal para aliviar a pressão'".
O NASCIMENTO DA CONTA ITALIANO
Assista:
Marcelo Odebrecht contou, em sua delação à PGR, como nasceu a conta corrente Italiano.
O primeiro pagamento da empreiteira usando essa conta ocorreu em 2008, para "ajudar eleições municipais".
As negociação se deram via Feira, ou seja, João Santana.
Ao todo, 18 milhões de reais foram distribuídos "via bônus oficial, caixa e contas offshore".
Ficou acertado que esse valor seria descontado do apoio da Odebrecht em campanhas de 2010.
Os 18 milhões de reais que marcaram o início da conta Italiano, relatou MO, foram pagos "ao longo do tempo".
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