Pesquisadores da Universidade Stanford
e Universidade Estadual de Michigan (MSU) desenvolveram uma nanopartícula que
faz com que a placa que causa ataques cardíacos seja comida de dentro para
fora.
Esta partícula funciona como um “Cavalo
de Troia” que pode ser guiado para destruir detritos, reduzindo e estabilizando
as placas. Este pode ser um tratamento em potencial para a aterosclerose, o
acúmulo de gorduras, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias e
dentro delas. No Brasil existem 2 milhões de casos por ano.
Os resultados da pesquisa foram
publicados na revista Nature Nanotechnology, e apresenta a
partícula que se abriga nas placas por se atrair por tipos específicos de
célula: monócitos e macrófagos. Uma vez dentro dos macrófagos que estão nessas
placas, ele libera uma droga que estimula a célula a consumir os detritos
celulares.
Basicamente, a nanopartícula libera uma
pequena molécula dentro dos macrófagos que dizem a eles para começar a comer as
células mortas no centro da placa. Ao revigorar os macrófagos, o tamanho da
placa é reduzido.
Smith afirmou que experimentos clínicos
futuros podem reduzir o risco da maior parte dos ataques cardíacos, com efeitos
colaterais mínimos por conta da grande seletividade da nanodroga.
O diferencial desta tecnologia em
relação às anteriores é que as outras focavam em agir na superfície das placas,
enquanto esta foca no centro delas.
“Descobrimos que podemos estimular os
macrófagos a comer de forma seletiva as células mortas e que estão morrendo.
Essas células inflamatórias são as células precursoras da aterosclerose, que
por sua vez são parte da causa dos ataques cardíacos”, explica o pesquisadora.
Esta tecnologia pode funcionar na
liberação de medicamentos em células específicas do corpo, ajudando no
tratamento de várias outras doenças. “Demonstramos que os nanomateriais podem
procurar e entregar mensagens para células em necessidade”, resume ele.
Os próximos passos do trabalho são
utilizar esses nanomateriais em modelos animais maiores e em tecidos humanos. [Science Daily]
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