8 de janeiro de 2022, um ato de vandalismo
contra os poderes que deixará manchada esse data nos anais da história
brasileira para sempre, porém muita coisa soa estranha nas manifestações
atabalhoadas desse fatídico dia precisam ser esclarecidas. Um movimento
apócrifo que não tinha líderes e nem se sabe ao certo o que queriam, mas fica
claro que o que não queriam era a volta do Lulopetismo para comandar o povo
brasileiro.
Depois das eleições de 2022, a revolta dos quartéis ficou estampada
em capas de jornais e revistas de todo o mundo, foram mais de 2 meses de cenas
estarrecedoras de pessoas que se manifestavam contra o resultado das eleições
de forma ordeira e pacífica até então, eram achincalhados pelos vencedores,
levando chuva e sol foram apelidados de “patriotários” pelos esquerdistas, uma
eleição que teve um placar apertadissimo na disputa presidencial onde Lula
voltou ao poder depois de ser preso por mais de 500 dias acusado de fazer parte
de um esquema de corrupção que deixou o mundo perplexo.
Os ataques de
vandalismo contra as sedes dos 3 poderes da República tiveram reação forte por
parte dos governantes, judiciário e congresso, com centenas de presos que há
meses se manifestavam pacificamente, uma mudança repentina nas atitudes
chamaram a atenção de muita gente e principalmente de congressistas de direita.
Primeiro foram chamados de terroristas mas a PGR se apressou em dizer que esse
tipo penal não se enquadraria, passaram a ser chamados de golpistas, mas o que
se viu foram milhares de pessoas revoltadas que mais queriam passar recados de
revolta com cenas em que suas armas eram defecar em birôs e escrever frases na
estátua da deusa da justiça em frente ao STF, fazendo menção a resposta do
ministro Barroso no famoso “perdeu mané”.
A CPI ou CPMI quer desvendar a
verdade sobre esses atos que deixaram muitas pontas soltas, um deles foi o
encarceramento em massa de pessoas que estavam em frente ao QG do Exército na
capital federal, sem saber ao certo se as pessoas presas estiveram realmente
nos atos de vandalismo, cenas de pessoas sendo presas pelos próprios
manifestantes por depredação como se fossem um corpo estranho ao movimento,
quebra-quebra de quadros e obras de arte, inclusive um relógio da época do
império que não condiz com o pensamento patriótico que vinha sendo disseminado
de preservar instituições, além das condições em que as pessoas foram pressas
aos montes com idosos e crianças sem ter a devida atenção estatal tão defendida
pelo governo atual.
Tudo isso precisa ser investigado para se trazer a verdade a
tona, o que parece ser o oposto ao que o governo petista quer, estranhamente o
governo Lula tenta barrar essa investigação por meio dos representantes do
povo, exatamente o governo Lula que estava em pleno gozo das responsabilidades
de defender as instituições e que tenta culpar o governo que já havia acabado
há mais de uma semana, aliás, o próprio Lula se gabava antes mesmo de assumir
que já governava, seu ministro da Justiça estava em Brasília, foi avisado do
que poderia ocorrer e a única atitude que se tem conhecimento é que foi até a
janela do ministério, olhou e disse: “está tudo bem”.
Só o futuro trará a verdade sobre
esses eventos que devem punir com o rigor da lei aos verdadeiros culpados, mas
a impressão que fica é que os ataques do dia 8 de janeiro serviram mais aos
propósitos do governo do que da oposição que saiu destruída dessa história.
Junior Melo
(advogado e jornalista)
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