ESSA BACIA DE PETRÓLEO FICA A MENOR PARTE NA GUIANA FRANCESA E A MAIOR PARTE NO LADO BRASILEIRO, CERCA DE 90% É NOSSO.
A GUIANA JÁ FAZ ESSA EXTRAÇÃO POR UNS 10 ANOS, PORÉM ESTÁ PUXANDO DO LADO BRASILEIRO, OU SEJA, ROUBANDO O QUE NÃO LHE PERTENCE.
INTERESSES MONETÁRIOS DE PESSOAS MAU CARÁTER NO BRASIL, ACEITARAM A IMPOSIÇÃO DE GEORGE SOROS, DE PROIBIR A EXTRAÇÃO DO LADO BRASILEIRO, COM DESCULPAS ESFARRAPADAS.
COMO SEMPRE PESSOAS CORRUPTAS, À QUEM O DINHEIRO FALA MAIS ALTO E AS POPULAÇÕES RIBEIRINHAS QUE SE LASQUEM.
PORQUE NÃO PODEM USUFRUIR DOS LUCROS DA POSSÍVEL EXTRAÇÃO BRASILEIRA DO DE FATO PERTENCE AO BRASIL.
NÃO SE ILUDAM COM ESSA GENTALHA, SÃO TODOS LOBOS NA PELE DE OVELHAS.
Desde que a ExxonMobil descobriu vastas reservas de petróleo na costa
da Guiana em 2015,
líderes do governo prometeram que o ouro negro transformaria a sorte de um dos
países mais pobres da América do Sul.
Só neste
ano, a economia da Guiana deve
crescer 48%, a taxa mais rápida do planeta, segundo o Banco Mundial.
Mas mal
administrados, alertam especialistas em desenvolvimento e diplomatas, esses
recursos alimentarão a política superaquecida e baseada em raças da Guiana, ao mesmo
tempo em que adicionarão o país a uma longa lista de "petroestados"
cuja população permaneceu pobre apesar da vasta riqueza de recursos.
Em maio, o
governo da Guiana anunciou
que havia usado pela primeira vez o fundo soberano que detém os royalties pagos
pelos produtores de petróleo. Até o final do ano, os saques ultrapassarão US$
600 milhões, um número que em breve chegará aos bilhões.
Até 2027, a
Exxon e seus parceiros, a Hess e a chinesa CNOOC, pretendem bombear 1,2 milhão
de barris por dia do fundo do mar da Guiana, tornando
o país de longe o maior produtor per capita do mundo.
"Prepare-se
para um fluxo maciço de receita ao governo com pouca experiência em como lidar
com isso", escreveram analistas da Agência dos EUA para o Desenvolvimento
Internacional em um relatório divulgado no início deste ano.
Entrevistas
com mais de 30 políticos, empresários, ativistas e cidadãos de todo o país
mostraram tanto as aspirações animadas quanto as profundas ansiedades de uma
nação à beira de uma transformação radical.
O atual
governo, apoiado em grande parte por guianeses de ascendência indiana, diz que
o boom do petróleo financiará um amplo desenvolvimento com foco em
infraestrutura e educação para os cerca de 790 mil habitantes do país.
"Nosso
compromisso como governo é garantir que as oportunidades sejam reais em todo o
país, independentemente de onde se vive, independentemente de em quem alguém
tenha votado", disse o ministro das Finanças da Guiana, Ashni
Singh, em entrevista.
Mas muitas
comunidades, particularmente em áreas associadas à oposição afro-guianesa,
estão céticas.
Alguns
reclamam que dinheiro e contratos já estão fluindo para apoiadores do governo e
alegam que o partido no poder está instalando aliados em órgãos destinados a
governar as novas riquezas da nação --alegações que os líderes da Guiana negam.
"O que
eles estão tentando fazer é usar o petróleo para patrocínio político",
disse Aubrey Norton, legislador federal e chefe da oposição. "Não há
visão".
Grande oportunidade, momento complexo
Escondida
entre a Venezuela e o Suriname, a política há muito tempo é volátil na Guiana, em parte
devido à competição entre seus principais grupos étnicos.
Descendentes
de escravos africanos compõem cerca de 30% da população. Outros 40% dos
guianeses descendem de trabalhadores contratados da Índia.
Os povos
mestiços e ameríndios compõem em grande parte o restante.
O
presidente Irfaan Ali, do Partido Progressista Popular (PPP), ligado
principalmente aos indo-guianeses, assumiu o poder em 2020 após um impasse
político de meses depois de uma eleição disputada.
Na
legislatura, o PPP está agora em posição de tomar decisões cruciais sobre o
futuro da nação graças a uma vantagem de dois assentos sobre a oposição,
liderada por um grupo de partidos principalmente afro-guianeses conhecido como
Parceria para a Unidade Nacional (APNU).
Nos últimos
meses, os dois lados bateram de frente em todas as questões sobre como as
contas crescentes do governo devem ser auditadas até as principais nomeações.
Mas talvez
a disputa mais central tenha sido travada sobre como governar o Fundo de
Recursos Naturais, o fundo soberano que detém os royalties do petróleo da Guiana.
Entre as
apreensões dos opositores com a legislação atual, que entrou em vigor este ano,
está que eles não têm o direito de indicar representantes para sua diretoria.
Essa é uma grande preocupação em um país com um histórico de corrupção
endêmica, dizem eles.
O governo
chama essas preocupações de infundadas. Singh, o ministro das Finanças, disse à
Reuters que uma proposta do governo anterior, do APNU, que comandou o país de
2015 a 2020, centralizaria o poder nas mãos do partido do governo em um grau
ainda maior.
De qualquer
forma, argumentou, as credenciais dos indicados ao conselho do governo são
inquestionáveis.
A oposição
contra-ataca dizendo que isso não vem ao caso. Independentemente das
qualificações de qualquer indivíduo, eles merecem um lugar à mesa.
"Quando
todo mundo está de um lado, envia uma mensagem --e é a de que o fundo será
politizado", disse Vincent Adams, ex-regulador ambiental cuja indicação ao
conselho pela oposição foi rejeitada pelo governo.
Disputa por recursos
Além dos
salões da Assembleia Nacional, as comunidades afro-guianesas saíram às ruas
algumas vezes para reclamar do governo, por uma distribuição supostamente
injusta de recursos.
Em uma
entrevista, o líder da oposição Norton argumentou que o uso generoso de doações
em dinheiro pelo governo, muitas vezes administrado por burocratas locais,
promove a corrupção e o favoritismo político.
O governo
tem negado consistentemente qualquer suborno e disse que os programas de doação
estão sujeitos a uma auditoria federal. Externamente, o governo fez questão de
adotar uma retórica inclusiva.
Mas a
disputa por recursos costuma ser mais sutil do que uma batalha por sacos de
dinheiro.
Sob o
governo anterior, muitas propriedades rurais estatais produtoras de açúcar foram
fechadas ou reduzidas em meio à queda da produtividade. Isso enfureceu a
comunidade indo-guianesa, cujos membros constituem a grande maioria dos
trabalhadores dessas propriedades.
Desde que o
governo mudou de mãos, os papéis começaram a se inverter, com muitos
afro-guianeses reclamando que as comunidades produtoras de açúcar estão
recebendo grandes investimentos, enquanto seus próprios bairros são
negligenciados.
A Uitvlugt
Estate, a oeste de Georgetown, perdeu centenas de trabalhadores para outras
indústrias, pois o antigo governo se recusou a ajustar os salários, disse seu
gerente Yudhisthira Mana.
Mas no ano
passado, o investimento do governo voltou. "O que está acontecendo com o
açúcar agora, eu nunca vi na minha vida em termos de injeção de capital",
disse Mana, um veterano de 38 anos no ramo.
Ele
relatou, sorrindo, uma visita recente do presidente Ali, cuja residência
pessoal fica nas proximidades.
Cinquenta
milhas ao sul, no entanto, na cidade de mineração de bauxita principalmente
afro-guianesa de Linden, grande parte da população está cautelosa.
O governo
fez investimentos significativos ali, incluindo um esforço agressivo para
pavimentar e recapear as estradas malconservadas da região isolada.
Mas muitos
moradores suspeitam que sua região está recebendo menos do que deve.
"Estamos
de luto porque parece que Linden não está se beneficiando como o resto do
país", disse Charles Antigua, um mineiro aposentado.
Também
alimentando a sensação de desigualdade é que a maioria dos principais
empresários do país são indo-guianeses, dando aos seus sucessores uma enorme
vantagem em lucrar diretamente com o setor de petróleo em rápido crescimento.
Um desses
empresários, Nazar Mohamed, um desenvolvedor de portos, disse em uma entrevista
que o presidente Ali havia lhe perguntado se ele poderia adicionar um
investidor afro-guianês a um projeto planejado perto de Georgetown, mas que
poucos tinham os recursos.
O
escritório de Ali não respondeu a um pedido de comentário sobre o suposto
pedido.
"Nós
abordamos várias pessoas", disse Mohamed. "Mas eles não conseguiram
nem dinheiro para os estudos, muito menos para construir o projeto."
Onde está a Guiana
Localizada
na América do Sul, a Guiana é
banhada pelo Oceano Atlântico ao norte, faz fronteira com o Brasil ao sul, com
o Suriname a leste e com a Venezuela a oeste.
A Guiana é o
quarto menor e único país de língua inglesa na América do Sul.
A Guiana foi
colonizada pela primeira vez pelos holandeses de 1667 a 1814, depois pelos
britânicos de 1814 a 1966 e conquistou a independência em 26 de maio de 1966.
O país é
composto por 10 regiões administrativas. Georgetown é a capital e está
localizada na costa.
A
população, de acordo com o livro CIA World Fact, foi estimada em 2016 em 735
mil, com 90% vivendo na costa.
São 7.900
km de rodovias e 1.000 km de hidrovias navegáveis, incluindo os rios Berbice,
Demerara e Essequibo. Existem dois aeroportos internacionais: Aeroporto
Internacional Cheddi Jagan e Aeroporto Internacional Eugene F. Correia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário