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☼Churrasco no couro☼

  Churrasco no couro
O churrasco no couro é o mais raro e tradicional de todos assados. Apenas um apanhado de pessoas ainda mantém esta tradição centenária viva.

José Silveira faz todo o processo de abate,
limpeza e cozimento do gado sozinho.

O churrasco no couro, ou "asado en el cuero", em espanhol, é possivelmente o mais tradicional e antigo tipo de churrasco do gaúcho sul-americano.

Após os conflitos entre europeus e indígenas no pampa, um grande número de cabeças de gado foram deixadas soltas a pastar pelas vastas planícias.

As vacarias sugrigam e o gado se tornou importante fonte de alimento para o gaúcho.

Silveira aperfeiçoou a técnica ao adicionar duas grelhas, uma sobre e outra sob a vaca.

O gaúcho é uma mistura de europeus, negros e indígenas, de acordo com Dr. José Fachel, da Universidade Federal de Pelotas.

Com a dizimação de muitas tribos, estes gaúchos se tornaram nômades fora-da-lei.

As vacas espalhadas por tudo era um alvo fácil e excelente fonte de proteínda.

Uma lenda urbana conta que o Rio Grande do Sul agüentou por tanto tempo as investidas do Império Brasileiro durante a Guerra dos Farrapos por que conseguiam sobreviver com uma dieta feita quase 100% de carne enquanto os soldados imperialistas tinha que carregar pesados mantimentos.

O churrasco no couro consiste em assar a vaca inteira utilizando o próprio couro como meio de cozimento.

Todos os fluidos, como gordura derretida, sangue e água são retidos pelo couro e fervem, deixando a carne bem macia e com um sabor característico.

O asador uruguaio José Silveira diz que, de acordo com uma lenda, o índio, muito matreiro na época, estava sempre na disparada, portanto assavam a vaca no couro para que se encontrassem-se em perigo, enrolariam o animal na própria pele e a levavam no cavalo.

Hoje este tipo de assado é uma arte que está morrendo.

Existem muitas razões para tal. Silveira é provavelmente uma das últimas poucas pessoas a manter a tradição viva.

A razão mais óbvia é a dificuldade de fazer o serviço. Silveira faz tudo sozinho.

Ele escolhe o animal de acordo com o número de pessoas a serem sevidas e também pela qualidade de vida do animal, fato muito importante e determinante no sabor da carne. Outro problema são as leis sanitárias.

No Brasil é muito difícil cozinha uma vaca desta forma, diz Silveira.
Primeiro por causa da proibição das armas de fogo, e segundo porque a não ser que a vaca seja cozida no local do abate, não dá para assar.

Não é possível simplesmente colocar a vaca aberta na traseira de uma caminhonete e levá-la para qualquer lugar, ele conta.

No Uruguai as leis são mais brandas, então é lá que ele mais trabalha, normalmente perto da fronteira com o Brasil, para os brasileiros também participarem.
 
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