Por Maurício Oliveira – Assessor econômico
O assalto ao dinheiro da Previdência Social vai continuar. Ao longo da história da nossa República todos os governos, alegando melhorias para o país, realizaram uma sangria nos recursos da previdência. Assim foi para a construção de Brasília, para a rodovia Transamazônica, para a ponte Rio-Niterói, para a Usina Itaipu, para o pagamento dos juros da dívida pública e, agora, para financiar o crescimento e os lucros das empresas através da desoneração da folha.
Com o fim da contribuição previdenciária de 20% para alguns setores industriais, o governo vai provocar uma déficit nas contas da previdência e, com isso, vai comprometer o pagamento das aposentadorias e pensões, pois não existe nenhuma garantia de que a perda de receita será compensada. Se daqui para frente o governo falar para a imprensa de déficit, a culpa será toda sua.
Se não bastasse a existência do Fator previdenciário que reduz o valor das aposentadorias, as perdas salariais históricas, o crescente endividamento dos aposentados com empréstimos consignados, que foi uma estratégia adotada pelo governo para camuflar a real situação de penúria, e o alto custo de vida dos idosos, mais uma medida contra a previdência é adotada.
O governo tem duas caras. Enquanto se reúne com representantes sindicais, o governo adota, às escondidas, medidas contrárias ao seu discurso. Assim, ele trai todos aqueles com quem negocia e deixa a COBAP de fora das decisões. Apenas no primeiro semestre de 2011 a previdência tem sobras de recursos de mais de R$ 11 bilhões.
O orçamento da Seguridade Social é sempre superavitário e já soma mais de R$ 470 bilhões nos últimos dez anos. E todo esse dinheiro vai para pagar os juros da dívida pública. A COBAP só tem uma cara e é fiel aos compromissos assumidos com os aposentados, pensionistas e idosos do Brasil. A entidade condena essa medida do governo.
Chega de assalto aos cofres da Previdência! Onde está o dinheiro do superávit da Seguridade Social? Se tivéssemos o banco da Seguridade Social saberíamos onde encontrá-lo. Quem tem que financiar a indústria são os bancos e não os aposentados e pensionistas do Brasil!
Alcides dos Santos Ribeiro - Presidente
FAPEMS - Fed.das Assoc.dos Apos.e Pens.do Estado do Mato Grosso do Sul
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