Viagra pode ajudar a combater o câncer
Atualmente, muitos tipos de câncer são tratados com doxorrubicina, um antibiótico que mata as células cancerosas, usado durante a quimioterapia. A ação do medicamento é geralmente limitada pela sua dose, pois ele é muito tóxico. Os pacientes que o tomam podem ter efeitos colaterais desagradáveis, incluindo náuseas, vômitos, infecções na boca e danos ao coração.
Agora, pesquisadores descobriram que o Viagra, famoso remédio para disfunção erétil, tem mais do que uma função desejável: a droga também aumenta as ações da doxorrubicina, e limita os seus efeitos colaterais tóxicos.
Alguns dos benefícios já conhecidos da droga são a aceleração da ereção, a impulsão de orgasmos em mulheres deprimidas, o tratamento da doença de Crohn e até o tratamento de celulite.
O sildenafil, vendido pelo nome de Viagra, trabalha inibindo uma enzima chamada fosfodiesterase-5 (PDE-5), que controla o fluxo de sangue. Quando a ação da enzima é bloqueada, as paredes dos vasos sanguíneos dilatam, permitindo maior fluxo sanguíneo.
Pesquisadores já observaram aumento dos níveis de PDE-5 em uma variedade de cânceres, incluindo câncer de mama, cólon, bexiga e pulmão. Os pesquisadores também descobriram que outro inibidor do PDE-5, exisulind, impedia o crescimento tumoral em células de câncer de cólon.
Segundo os pesquisadores, o sildenafil não tem efeito nenhum quando tomado sozinho. Porém, quando combinado com a doxorrubicina, ele pode ter efeito no câncer de próstata, por exemplo. A equipe descobriu que a droga aumentou os efeitos anti-tumorais da doxorrubicina em células cancerosas humanas da próstata e em ratos vivos. Sua ação combinada causou a morte de mais células cancerosas enquanto inibia o crescimento do tumor.
Os cientistas disseram que o Viagra, que já é conhecido por aumentar o fluxo sanguíneo para o coração, também protegeu o coração dos ratos dos efeitos da doxorrubicina. Ou seja, os pesquisadores acreditam que o sildenafil seja um excelente remédio para ser incorporado aos tratamentos de câncer, porque tem o potencial de aumentar a eficácia anti-tumoral e proteger o coração contra os danos a curto e a longo prazo da doxorrubicina. [NewScientist]
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