Uma equipe do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) vai auxiliar médicos de cinco estados do país repassando a distância orientação sobre a melhor conduta em casos de infarto e de outras emergências cardiológicas nos atendimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
O sistema está sendo implantado em 200 pontos de atendimento espalhados por São Paulo (90), Bahia (35), Pernambuco (30), Paraná (30) e Distrito Federal (15).
O anúncio da parceria foi feito hoje (15), no final da manhã, no InCor, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Trata-se de uma rede informatizada por meio da qual médicos de serviços de emergência do SUS receberão consultoria técnica em tempo real, no atendimento de infartos e casos cardiológicos complexos.
A estratégia permitirá aos profissionais de prontos-socorros, unidades de tratamento intensivo (UTIs) e unidades de Pronto-Atendimento 24 Horas (UPAs) o acesso online, com o uso de um vídeo, a orientações de alto nível para os atendimentos.
"O médico que estiver, por exemplo, no interior da Bahia, ao conectar ao programa, mandar o resultado de exames, conversar com o Instituto do Coração, vai poder dar àquele paciente do interior da Bahia a mesma conduta que seria dada aqui no InCor", explicou Padilha.
Segundo o ministro, nos 200 pontos de acesso, são atendidos em média entre 30 a 40 pacientes internados por dia. "Nossa expectativa é que todos esses sejam beneficiados", disse ele.
De acordo com Padilha, todas as unidades beneficiadas estão equipadas ao nível do que se espera para um bom atendimento. "A questão mais crítica não são os equipamentos, mas sim levar os profissionais capacitados para o interior do país", justificou Padilha.
Para o diretor da Divisão de Cardiologia Clínica do InCor, Roberto Kalil, as consultas em tempo real podem levar a uma melhoria no atendimento, mesmo no caso de um pronto-socorro com poucos recursos. "Em casos de infarto, os minutos são importantes", salientou ele, lembrando que a agilidade da conduta pode levar a uma queda da mortalidade.
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