28/02/2013
às 14:00 \ Tema LivreEstão vendo esse velhinho? Ele já matou 1.315 elefantes (e muitos outros animais). E assista a vídeo dramático de um desses magníficos gigantes ferido de morte
Amigas e amigos do blog, o grande jornalista J. R. Guzzo vem sendo alvo de pesadas, algumas pesadíssimas, críticas por ter escrito um artigo estranhando que o presidente da República Francesa precisasse se envolver pessoalmente no caso de dois elefantes doentes incuráveis que deveriam ser sacrificados no zoológico de Lyon.
Guzzo, evidentemente, quis focar no fato de que um assunto que poderia e deveria ser resolvido no máximo por uma autoridade da Prefeitura de Lyon houvesse, de alguma forma, chegado ao presidente François Hollande. A partir daí, começou a ser considerado por leitores defensores dos direitos dos animais como pouco menos que um monstro.
Sugiro a esses leitores irritados que voltem seu interesse para pessoas como a que descrevi há algum tempo, em post que republico hoje especialmente para eles — e que, acredito, vai interessar também a muitos leitores novos do blog.
Post publicado originalmente a 18 de abril de 2012
Ele se chama Tony Sánchez Ariño, tem 82 anos de idade, é espanhol de Valência, caçador profissional e organizador de safáris desde os 20 anos.
Com a tremenda mancada do Rei da Espanha, Juan Carlos, que devido a uma fratura de fêmur descobriu-se que estava caçando elefantes em Botswana, na África – o Rei hoje pediu desculpas publicamente e jurou que fatos semelhantes não se repetirão –, lembrei-me do personagem, de quem já ouvira falar. E queria apresentá-lo aos amigos do blog.
Atualmente na África, em seu 62º safári, Sánchez Ariño é festejado pelas revistas e sites especializados em caça, é personagens das revistas de “famosos” e tido como um valente e um heroi por amigos e admiradores.
Sabem qual é sua proeza? Ele tem tudo contado e registrado: no decorrer de sua longa carreira, matou, ele próprio, com suas armas, nada menos do que 1.315 elefantes africanos, 2.044 búfalos, 339 leões, 165 leopardos e, como se fosse pouco, 127 rinocerontes negros, em países como Botswana, Zimbabwe, Moçambique e África do Sul.
Tudo em nome do “esporte”. Em suas entrevistas, Sánchez Ariño faz questão de defender a tese de que ajuda o meio ambiente, uma vez que, por exemplo, no caso dos elefantes de Botswana — os mesmos que o Rei caçava –, eles seriam responsáveis por devastar plantações e a vegetação que alimenta outros herbívoros.
Bem, não vou nem comentar isso. Para quem admira as proezas de Sánchez Ariño, sugiro que assistam ao vídeo abaixo, em que uma dessas maravilhas da natureza — provavelmente um macho, ao lado da fêmea e de um filhote — é atingido por uma potentíssima arma de caça, tenta se aguentar, cambaleia, diante da perplexidade e da visível preocupação dos outros dois elefantes, até que se entrega e desaba no chão, morto.
Tristíssimo, comovedor. O vídeo não é recente, e os números sobre as manadas de elefantes que ele menciona não estão atualizados. Mas vale a pena ver — para indignar-se:
Tags: África, Botswana, búfalos, caça, caçador profissional, elefantes, leões,leopardos, Rei Juan Carlos, safári, Tony Sánchez Ariño, troféus, Valência
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