VÍDEO CURTINHO E RARO: um desfile militar no país mais marcial do mundo, a Coreia do Norte — onde um pequeno desvio condena um soldado à morte
É o país da paranoia mais absoluta. Esgrimindo perante a opinião pública 24 horas por dia os perigos de uma invasão da Coreia do Sul ou dos Estados Unidos que nunca ocorrerá, a paupérrima Coreia do Norte devora de um quarto a um terço de todos os seus recursos com as Forças Armadas, mantém 1 milhão de homens em armas e quase 9 milhões de reservistas (40% da população), impõe aos cidadãos um serviço militar espantoso, que dura 10 anos — e tudo isso às custas de confortos mínimos para a população, que periodicamente passa por períodos de fome.
Governado por uma ditadura comunista monárquica que já está na terceira geração, a paranoia com a qual o regime se sustenta transformou a Coreia do Norte num dos países mais fechados do planeta, e também em um país marcial, cujos soldados são submetidos a uma disciplina feroz, sem igual em qualquer outro lugar. Pequenos desvios representam condenação à morte ou a prisão nas trevas — penas em presídios pavorosos, que utilizam minas subterrâneas abandonadas e nos quais os prisioneiros não têm nunca direito à luz do dia.
Por isso, é muito raro o vídeo abaixo, que mostra como a ditadura comunista celebrou, semanas atrás, o 60º aniversário do armistício que encerrou a Guerra da Coreia (1950-1953), em uma praça de Pyongyang, a capital. (A guerra não teve vencedores, mas o regime comunista só fala em “vitória contra o imperialismo”.) Em uma exceção cujos antecedentes mal se contam nos dedos, um grupo de jornalistas ocidentais foi convidado a assistir ao desfile, e documentou o evento via Instagran em tempo real.
Para mais fotos e vídeos dos eventos, confiram o Instagran dos jornalistas que estiveram presentes ao evento:
TJ Schwarz (@ tjschwarz), Ivan Watson (@ ivancnn), Jean Lee (@ newsjean), Ed Jones (@ edjonesafp), David Guttenfelder (@ dguttenfelder), Margaret Dawson (@ magsabc) e Ann Curry (@ anncurry).
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