quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Protestos ruidosos, problemas concretos na economia e ataques à Petrobras impactam reeleição de Dilma
Um megaprotesto de caminhoneiros, que
prometem superlotar Brasília no feriadão de 15 de novembro, pode ser o começo
de uma grande dor de cabeça para os estrategistas reeleitorais de Dilma
Rousseff. Embora a vitória em outubro do ano que vem seja bem provável no
discurso de propaganda, na vida real o processo tende a ser complicado por
protestos ruidosos e insatisfações setoriais com a gestão da política econômica
– na qual alguns indicadores futuros são bastante negativos. O inevitável
aumento dos combustíveis pode acender o barril de pólvora...
O mais assustador deles é o
descontrole das contas. A trilionária dívida pública – formada por muitos
gastos sem qualidade, desperdício e bastante corrupção – cresce cada vez mais,
gerando lucros apenas para a usura dos bancos. O problema tende a se agravar
com o aumento dos juros, justificado pelos burocratas para segurar uma inflação
do mundo real que é bem maior que os 6,50% da meta (estourada) do governo. A
tendência é que a turma de Dilma aposte na solução de sempre, mas que nada
resolve: um aperto fiscal que fará a economia crescer menos ainda.
A grande chance de Dilma para 2014 é
a falta de força dos adversários. Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) não
têm popularidade suficiente para decolar na campanha. Além disso, as supostas
soluções que apresentam para os problemas do Brasil são muito parecidas com as
do PT-PMDB, segundo o modelo Capimunista (socialista Fabiano). Os petistas apostam
na incompetência da oposição – e podem sair ganhando muito com isto.
Por enquanto, a única tática clara da
pretensa oposição é o ensaio de ataques ao calcanhar de Aquiles do governo: a
complicada situação da Petrobras, focando nos problemas gerados pela gestão
José Sérgio Gabrielli. Mas tais ataques não têm apelo popular, embora
desestabilizem muitos negócios petralhas - pouco conhecidos do eleitorado. O
Presidentro Lula fica apavorado quando pipocam os escândalos na Petrobras.
A estratégia da marketagem oficial é
bem clara para o curto prazo. Divulgar “pesquisas” que mostram a força
consolidada e o potencial de vitória de Dilma para o ano que vem. Tal trabalho
será focado pelas mídias regionais em ação combinada com a militância petista,
principalmente a velha máquina sindical. Outra orientação é partir para uma
contraofensiva no mundo virtual da internet, onde os petralhas apanham muito.
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