Na Veja desta semana: a ex-gerente da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca, relata que operador usava a área de Comunicação da empresa para captar dinheiro para as campanhas eleitorais do PT
Ao descobrir e interromper ainda em 2009 uma série de pagamentos irregulares da diretoria, a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca, sem saber, emperrou uma das engrenagens do bilionário esquema de corrupção que viria a ser desmontado pela Polícia Federal cinco anos depois.
Ao tentar denunciar a bandalheira internamente, ela se colocou no caminho dos corruptos e de poderosos interesses políticos.
Os mesmos interesses que, no momento do desabafo, agiam para provocar sua demissão da estatal.
Era o que Venina tentava dizer no telefonema ao diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza:
"Você me conhece há muito tempo, você sabe o que eu passei naquela comissão de Comunicação, que hoje tem aí a Muranno associada com o Lula.
Tá lá no meio daquele pacote. Eu me recusei a pagar, o pagamento foi feito por fora". Cosenza, no entanto, ouviu os apelos num obsequioso silêncio.
A partir de 2009, após perceber que suas denúncias eram estranhamente ignoradas — e até mesmo criticadas — por integrantes da cúpula da Petrobras, como o então presidente da estatal.
Sergio Gabrielli. e a atual presidente.
Graça Foster, Venina passou a reunir mensagens de e-mail, memorandos sigilosos, gravações telefônicas e registros de conversas privadas que manteve com personagens de proa do petrolão.
Na semana passada, VEJA teve acesso a um memorial de oito páginas que podem deixar outras figuras importantes do PT em maus lençóis.
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