◘ DILMA CONTRARIA PETISTAS E VETA MUDANÇAS NO FATOR PREVIDENCIÁRIO

A presidente Dilma Rousseff participa de solenidade que celebra da marca de 5 milhões de Microempreendedores Individuais( MEI), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta quarta-feira (17)

Presidente encaminhou ao Congresso nova medida provisória que propõe novo modelo de flexibilização do fator
ESPERAMOS QUE OS CONGRESSITAS CUMPRAM AS PROMESSAS E  DERRUBEM O VETO NO DIA 14/07/2015 
A presidente Dilma Rousseff vetou, nesta quarta, mudanças no fator previdenciário
(Evaristo Sá/AFP)

A presidente Dilma Rousseff sancionou na noite desta quarta-feira a Medida Provisória 664, que restringe as regras do acesso à pensão por morte. Uma das emendas à MP previa mudanças no fator previdenciário, que foram vetadas pela presidente. 

A emenda era defendida por petistas e seu veto pode ter reações adversas na base aliada. Parlamentares como Paulo Paim (PT-RS) ameaçaram deixar a legenda caso as mudanças no fator fossem vetadas.

Para aliviar as tensões com as centrais sindicais e membros da base aliada favoráveis à mudança, a presidente vai propor uma alternativa que levará em consideração o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. O governo já a proposta ao Congresso como medida provisória.

A presidente tinha até a noite desta quarta-feira para vetar ou sancionar a fórmula 85/95, incluída por parlamentares MP, que altera regras de acesso aos benefícios previdenciários. 

A fórmula permite que o trabalhador possa se aposentar ganhando o benefício integral após 30 anos de serviço, no caso de mulheres, e de 35 anos, no caso de homens, desde que a soma do tempo de serviço com a idade seja igual ou superior a 85 e 95 anos, respectivamente.

O Ministério da Previdência calcula que a mudança geraria, durante os próximos 45 anos, um gasto extra de 3,2 trilhões de reais, ou o equivalente a mais da metade do Produto Interno Bruto brasileiro.

A nova fórmula prevê a instituição do mecanismo 85/95 progressivo, que mudará anualmente até atingir a proporção de 90/100. 

A velocidade anual da progressão era defendida pela equipe econômica, que calcula que, desta forma, o impacto da mudança nas contas públicas seria mitigado. 

Já as centrais sindicais queriam um intervalo de três anos entre uma e outra.
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Na noite de terça-feira, em jantar no Palácio do Alvorada, líderes da base do governo fizeram um último apelo para que a presidente desistisse do veto. 

O governo ponderou, contudo, que se não vetasse a emenda agora, depois não conseguiria mais endurecer as regras, devido à resistência no Congresso.

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O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse na terça-feira que rechaça o veto, mas que o Congresso deve analisá-lo no dia 14 de julho.

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