◘ JUSTIÇA ELEITORAL RETOMA AÇÃO QUE PODE CASSAR PIMENTEL.

Eleito governador por Minas pelo PT, Fernando Pimentel vota no 2º turno das eleições, no bairro Santo Antônio, em Belo Horizonte
Processo contra governador de Minas Gerais estava paralisado porque juiz relator respondia a processo de suspeição a favor do PT

O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) está liberado para julgar se dá continuidade ou não ao processo que pode culminar na cassação do governador Fernando Pimentel (PT). 

O caso estava paralisado porque o relator da ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) contra o petista, juiz Wladimir Rodrigues Dias, respondia a um processo de suspeição por supostamente atuar na Corte em benefício do PT. O TRE-MG, porém, decidiu manter Rodrigues Dias à frente do caso.

Rodrigues Dias concedeu uma liminar em março suspendendo o andamento da AIJE, sigla da ação que apura irregularidades eleitorais e que pode levar à inelegibilidade ou à cassação do governador. 

Na decisão, o juiz alegava que o pedido feito pelo Ministério Público para cassação por abuso de poder econômico deveria ficar suspenso até o plenário do tribunal analisar em definitivo o processo de prestação de contas do petista ou até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dar a palavra final sobre o caso. 

A decisão do relator de interromper a ação de investigação eleitoral levou o Ministério Público a contestar a imparcialidade do juiz e a acusá-lo de trabalhar como advogado do PT.
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Além da liminar que interrompeu a tramitação da AIJE, o processo de suspeição do magistrado atrasou ainda mais a possibilidade de Fernando Pimentel responder ao processo de perda de mandato. 

É que enquanto os questionamentos sobre o juiz não fossem finalizados, o plenário da Corte estava impedido de analisar a etapa anterior, ou seja, se confirmava ou não a liminar que paralisou a AIJE. 

Desde março, o caso estava suspenso por causa do imbróglio envolvendo o juiz relator.

Agora, caso o plenário do TRE-MG derrube a liminar que paralisou a investigação eleitoral, testemunhas poderão começar a ser ouvidas para embasar o pedido de cassação do governador mineiro.


Em dezembro, logo depois que foi eleito, Fernando Pimentel sofreu o primeiro revés na justiça eleitoral. 

O TRE-MG rejeitou a prestação de contas da campanha dele por considerar que o petista ultrapassou em mais de 10,1 milhões de reais o limite de gastos delimitado no seu registro de candidatura e omitiu despesas consideráveis, como os 3,2 milhões de reais pagos à Gráfica e Editora Brasil, empresa de Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, amigo próximo de Pimentel e o principal alvo da Operação Acrônimo da Polícia Federal. 

A irregularidade na prestação de contas rendeu ao governador multa de 50 milhões de reais, além da abertura do processo.

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