Marcelo Odebrecht da construtora
Odebrecht é encaminhado para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20)(Rodolfo Burher/Reuters)
A Polícia Federal adiou para a segunda-feira a
coleta dos primeiros depoimentos dos executivos presos na 14ª fase da Operação
Lava Jato.
Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Antônio Pedro Campelo de
Souza, Flávio Lúcio Magalhães e Christina Maria da Silva Jorge começariam a ser
ouvidos na tarde deste sábado, mas os policiais decidiram deflagrar as oitivas
dos presos temporários a partir da próxima semana.
Parte dos integrantes da PF que atuaram na Erga
Omnes, nome que recebeu a etapa da Lava Jato que atingiu as construtoras
Odebrecht e Andrade Gutierrez, ainda não retornou a Curitiba.
Mandados de busca
na sede da Odebrecht só terminaram de ser cumpridos por volta das 22 horas de
ontem. Por isso, documentos envolvendo os quatro presos temporários ainda não
foram analisados na íntegra pelos policiais.
Entre os depoimentos que vão ser colhidos a partir
de segunda-feira, o mais sensível para o governo é o do diretor de Relações
Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, apontado por delatores do
petrolão como operador de propina na empreiteira.
Entre 2008 e 2012, Alencar
encontrou-se diversas vezes com Rafael Angulo Lopez, auxiliar do doleiro
Alberto Youssef que, além de distribuir a propina do petrolão para políticos,
também fazia depósitos em contas no exterior para beneficiários do esquema
criminoso.
O executivo é próximo da cúpula do governo petista e chegou a viajar
com o ex-presidente Lula em diversas viagens ao exterior.
Na manhã deste sábado, os 12 executivos presos na
nova fase da Lava Jato, entre os quais os presidentes da Odebrecht, Marcelo
Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, fizeram exame de corpo de
delito no Instituto Médico Legal de Curitiba e retornaram para a
Superintendência da Polícia Federal na capital.
Os empresários chegaram à
carceragem da PF por volta das 20h30 de sexta-feira.
O local é constituído de
duas alas - uma reservada exclusivamente ao doleiro Alberto Youssef, um dos
principais delatores do escândalo do petrolão - e outra onde ficarão todos os
detidos na 14ª fase da Lava Jato.
Antes mesmo de ter desembarcado em Curitiba,
Marcelo Odebrecht, por meio de seus advogados, já havia encaminhado ao juiz
Sergio Moro pedido para ter acesso a uma dieta especial por ter hipoglicemia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário