No mês passado, o governo federal pagou metade do 13º salário dos
servidores da União, mas adiou o adiantamento dos salários dos aposentados,
previsto para agosto 19/08/2015
Adiantamento
do 13º: aposentados tiveram pagamento adiado, mas não o governo(Bruno Domingos/Reuters)
Enquanto seguram a antecipação de
metade do 13º salário dos aposentados, a presidente Dilma
Rousseff e os ministros da área econômica já receberam, em julho, 50% de suas
remunerações extra. No mês passado, o governo federal pagou metade do 13º
salário dos servidores da União, o que inclui a presidente e sua equipe
econômica.
Na folha de junho, paga em julho, consta o
pagamento de 15.467 de reais a título de gratificação natalina para a
presidente, de acordo com dados consultados no Portal da Transparência pelo
Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
O valor corresponde à metade da remuneração bruta
da presidente, que é de 30.934 reais mensais.
O restante do 13º de Dilma e do
funcionalismo deverá ser pago em dezembro. Os mesmos 15.467 reais foram pagos para
o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a título de gratificação natalina.
O
ministro é um dos principais opositores à antecipação do pagamento para os
aposentados, por conta das dificuldades de caixa enfrentadas pelo governo.
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Responsável pelo orçamento da União, o ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa, recebeu um pouco mais, 15.559 reais, porque
acumula o salário de ministro com o de professor da Universidade Federal do Rio
de Janeiro.
O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, que
também é técnico concursado do órgão, ganhou 15.526 reais. Já o ministro do
Trabalho, Manoel Dias, que acumula também a remuneração de auditor fiscal,
recebeu 16.881 reais de antecipação do 13º salário.
De acordo com o Ministério do Planejamento, o
pagamento antecipado de metade do 13º aos servidores da União em junho é
previsto em um decreto de 1994, do então presidente Itamar Franco. Segundo o
órgão, foram gastos 3,4 bilhões de reais em junho com a antecipação.
No caso dos aposentados da Previdência Social, em
2006 foi feito um acordo entre o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva com
as centrais sindicais para o pagamento de parte da gratificação natalina em
agosto.
Neste ano, porém, o governo havia decidido não
fazer o pagamento antecipado por conta das dificuldades enfrentadas para fechar
as contas. Recuou por conta do desgaste político e procura uma solução para
fazer o pagamento a partir de setembro.
No ano passado, a Previdência gastou 13,9 bilhões
de reais para esse pagamento. Ao todo, mais de 27 milhões de beneficiários
receberam a antecipação.
(Com Estadão Conteúdo)
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