PF ► ACHA NA AGENDA DE 'BOB', "PALOCCI", "DUQUE", "DUQUE", "LULA", "DILMA",

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PF acha na agenda de Bob, ‘Palocci’, ‘Duque’, ‘Lula’, ‘Dilma’

REDAÇÃO 18 Agosto 2015 | 17:25

Roberto Marques, o Bob, ex-assessor de José Dirceu, alvo da Pixuleco por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás, ficou preso 10 dias; a PF apreendeu sua caderneta de bolso Atualizada às 17h46 Por Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Julia Affonso

A Polícia Federal encontrou na casa de Roberto Marques, o Bob, braço-direito do ex-ministro José Dirceu, uma agenda com suas anotações pessoais, incluindo os nomes “Palocci”, “Duque”, “Lula” e “Dilma” – grafados sob a sigla “JC”. Bob foi preso no dia 3 de agosto. 
No último dia 12, a Justiça Federal soltou o ex-assessor de Dirceu.
A agenda de bolso de Bob foi apreendida no dia 3, em São Paulo, na deflagração da Pixuleco, a 17ª fase da Lava Jato. 
Intriga os investigadores anotações lançadas por Bob como ‘busca e apreensão’ entre os nomes do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
Ou, ainda, ‘se não for para ganhar dinheiro, fecha agora’.
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Bob não faz nenhuma anotação complementar aos nomes escritos em sua agenda. 
Ao lado dos nomes do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Governo Dilma), de Renato Duque, Lula e da presidente Dilma não há observação que explique o motivo da menção a eles.
A PF juntou a caderneta preta do ex-assessor aos autos do inquérito que mira o ex-ministro sob suspeita de propinas de empreiteiras. 
Os federais ainda não fizeram relatório de análise do documento.
No inquérito também são investigados, além de Bob e Dirceu, o irmão do ex-ministro Luiz Eduardo Oliveira e Silva, seu ex-sócio Julio Cesar dos Santos e o lobista Fernando de Moura, ligado ao PT.
Bob era funcionário efetivo da Assembleia Legislativa de São Paulo desde 1986. 
A partir de 2003, ele assumiu cargo na 1ª Secretaria da Casa. 
Ao mandar soltar o ex-assessor de Dirceu, o juiz Sérgio Moro impôs a ele restrições, entre as quais, afastamento imediato do Palácio 9 de Julho, sede do Legislativo paulista.
“Em atenção às indagações, esclarece-se: As anotações são meros rabiscos decorrentes de digressões livres feitas por Roberto Marques em conversa informal com amigos e familiares. Roberto tem por hábito rabiscar papéis enquanto fala e, na oportunidade, estava apenas conversando descompromissadamente sobre fatos veiculados à exaustão no noticiário jornalístico.
Roberto não conhece Dilma. Logo, restam prejudicadas as demais perguntas.
Conheceu Palocci quando este foi deputado estadual em São Paulo. 
Roberto é funcionário da ALESP desde 1986, mas dele nunca se tornou amigo, tampouco trabalharam juntos.
Quanto a Lula, conheceu-o há muitos anos, pois auxiliou campanhas eleitorais pretéritas de José Dirceu. 
Nunca possuiu laços de amizade ou de trabalho com o ex-presidente.
Encontrou Renato Duque uma vez em evento público, mas como ele jamais possuiu relação profissional ou de intimidade/proximidade. 
Permanece-se à disposição para qualquer esclarecimento adicional.
Cordialmente, Maurício Vasques, Rogério Seguins, Lucas Andreucci e Caio Patricio

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