Dilma passou de todos os limites e agora insufla, por palavras
oblíquas, a violência. Uma penca de crimes no Palácio!
Perguntas que não querem calar: até quando as instituições permitirão que Dilma cometa novos crimes para se livrar de um crime?
Até quando as instituições permitirão que ela use o cargo de presidente da República para insuflar a guerra de todos contra a todos?
Até quando as
instituições assistirão à chefe máxima da nação a denunciar crimes que não
existem apenas para se segurar no poder?
A
irresponsabilidade da presidente Dilma Rousseff passou de todos os limites
toleráveis.
Ela perdeu o juízo e, agora, abertamente, joga brasileiros contra
brasileiros, acusando crimes que não aconteceram para eventualmente justificar
os que estão para acontecer.
Nesta sexta, no Palácio do Planalto, referindo-se
àqueles que defendem o impeachment, afirmou:
“Não defendemos a violência, mas
eles defendem.
Eles exercem a violência”. Eles quem, minha senhora?
Explica-se. Ela participava de
uma solenidade de regularização das propriedades rurais de quilombos e
sem-terra.
E disse que a democracia “está ameaçada”.
Eu mesmo já disse aqui e Demétrio
Magnoli também tratou do assunto em sua coluna na Folha.
Ora, existe ameaça de
golpe no Brasil? Por que Dilma, então, não recorre ao Artigo 136 da
Constituição, que trata do Estado de Defesa, e ao 137, que prevê o Estado de
Sítio, caso o outro seja ineficaz, para prender golpistas.
É bem verdade que
precisará de autorização do Congresso… Se for para prender sediciosos,
certamente haverá a concordância.
Ela não o faz, obviamente, porque sua fala é
mentirosa.
Já deu para perceber, acho, a
esta altura, qual é a prefiguração petista.
E tudo indica que a presidente
também está nesta onda: a violência de rua, o conflito. E isso levou a
presidente a dizer:
“Nós hoje precisamos nos manter vigilantes e oferecer resistência às tendências antidemocráticas e às provocação. Não defendemos nenhum processo de perseguição a qualquer autoridade que pensa assim ou assado. Não defendemos a violência, mas eles defendem. Eles exercem a violência. Não vamos permitir que a nossa democracia seja manchada”.
Dilma está obrigada a revelar
quem são esses “que defendem a violência”.
Quando a maior autoridade da
República acusa a existência de “violência”, ou ela a combate, segundo os
rigores da lei, ou está apenas em busca de um pretexto para que seus seguidores
saiam atacando adversários, argumentando que apenas reagem. Era uma tática
clássica do fascismo.
Atenção! Antes do discurso de
Dilma, os beneficiários da ação da Dilma não economizaram. Em pleno Palácio do
Planalto, ouviu-se o seguinte:
“O juiz Sergio Moro, esse golpista, prendeu nossos companheiros há três anos sem justificativa.
Nós não
cometemos crimes, e quem comete crime é o latifúndio e o juiz Sergio Moro, que
faz com a sua caneta maldades contra o povo brasileiro”.
A fala é do coordenador nacional
do MST (Movimento dos Sem-Terra), Alexandre Conceição.
Dá para escolher a modalidade de
crime de responsabilidade que o conjunto da obra representa. Transcrevo o
Artigo 85 da Constituição:
Art. 85. São crimes de
responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I – a existência da União;II – o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV – a segurança interna do País;
V – a probidade na administração;
VI – a lei orçamentária;
VII – o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
É evidente que se promoveu um
ato, em plena sede do governo federal, que atenta contra o livre exercício do
Poder Judiciário.
É evidente que a presidente, ela
mesma, atenta contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais
quando transforma o direito à divergência num crime — seriam os “defensores da
violência”. Cadê a violência?
É evidente que o conjunto da obra
atenta contra o “cumprimento das leis e das decisões judiciais”.
E é evidente, finalmente, que uma
autoridade que joga brasileiros contra brasileiros atenta contra a segurança
interna do país.
Pelo terceiro dia consecutivo,
Dilma transforma o Palácio do Planalto num “bunker” de seus aliados e usa o
aparelho de estado para fazer uma espécie de proselitismo que conduz a
extremismos.
E depois seu ministro da Justiça, Eugênio Aragão, vem com a
conversa mole de que é preciso investir na paz. Ainda falarei sobre este senhor.
Perguntas que não querem calar:
até quando as instituições permitirão que Dilma cometa novos crimes para se
livrar de um crime?
Até quando as instituições permitirão que ela use o cargo
de presidente da República para insuflar a guerra de todos contra todos?
Até
quando as instituições assistirão à chefe máxima da nação a denunciar crimes
que não existem apenas para se segurar no poder?
Já escrevi e repito. Os petistas
estão querendo nos dar duas alternativas, e nós lhe daremos duas recusas.
Eles
dizem: “Ou nós ou sangue”.
E nós respondemos:
“Nem vocês nem sangue”.
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