A Lockheed Martin iniciou a produção do avião supersónico experimental X-59, um contrato, encomendado pela NASA, no valor estimado de cerca de 230 milhões de euros.
O X-59 surgiu como a solução da empresa norte-americana para responder ao pedido da NASA de desenvolver uma aeronave capaz de atingir velocidades supersónicas sem produzir o estrondo ensurdecedor que ocorre quando ultrapassa a barreira do som, segundo informa a CNBC.
O X-59 é projectado para voar a cerca de 17 quilómetros de altitude e atingir uma velocidade de 1.500 quilómetros por hora.
As actuais regulamentações limitam os voos de aeronaves supersónicas comerciais, mas empresas como a Boom Technology estão a tentar adoptar a tecnologia supersónica para usar em rotas transatlânticas.
A Lockheed Martin e a NASA pretendem agora acelerar o desenvolvimento da tecnologia através da redução do ruído e, assim, contornar as regulamentações. Para tentar ultrapassar este entrave, a NASA apresentou recentemente a QueSST, Quiet Supersonic Techonology, ou Tecnologia Supersónica Silenciosa em português.
Esta nova tecnologia permitirá que os X-planes atinjam uma velocidade superior à do som produzindo um barulho quase imperceptível para quem os observa a partir do chão.
“O design alongado e fino da aeronave é a chave para alcançar a redução do estrondo.
Ao entrarmos na fase de construção, a estrutura da aeronave começa a tomar forma, aproximando-nos das viagens supersónicas de passageiros em todo o mundo”, explicou Peter Iosifidis, director do programa Low Boom Flight Demonstrator da Lockheed Martin.
O primeiro voo do X-59 está programado para 2021, com o objectivo principal de recolher dados sobre a aceitabilidade do nível de ruído gerado pela aeronave — o que ajudará a NASA a estabelecer um padrão de ruído supersónico comercial aceitável para uma possível mudança dos regulamentos da aviação civil.
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