Publicado em 20 de mai de 2019
Militares avisam
que 1964 pode voltar e salvar Jair Bolsonaro Cresce no meio militar a
preocupação com ações dos poderes Legislativo e Judiciário supostamente para
‘colocarem água’ no chopp de Jair Bolsonaro.
Em outras palavras, há um
movimento detectado por diferentes setores para tentar desestabilizar o
governo. Essa preocupação foi manifestada em grupos de WhatsApp pelo
major-brigadeiro Jaime Rodrigues Sanchez, neste fim de semana.
Ele voltou a
citar uma ‘sucuri de duas cabeças’, representada “pelo Supremo Tribunal Federal
e Congresso Nacional”, que “tramam e apertam seu abraço letal” em torno do
presidente.
Depois de lembrar que o Supremo ‘é a casa da Mãe Joana’ e o
Congresso Nacional ‘um covil de Ali Babá e seus quase 594 ladrões’, o militar
denuncia “uma trama diabólica” capaz de promover “o desmonte de um projeto (do
presidente Jair Bolsonaro) que quer beneficiar 60 milhões de brasileiros”.
Jaime Sanchez acusa a grande mídia de patrocinar esse golpe.
“Os grandes
veículos estão falidos e não mais mamam nas tetas do governo”, acusou.
O
objetivo, segundo o militar, é desviar a atenção, criando fakes news onde os
alvos são o presidente, seus parentes e o próprio governo.
“Enfiam-nos (os
veículos da grande mídia) em nossas goelas notícias requentadas e distorcidas;
temas controvertidos, incompatíveis com a moral das famílias tradicionais;
apologia ao sexo, exibindo cenas envolvendo idosos, crianças e homossexuais;
vulgarização do tráfico de drogas e exaltação à corrupção, apresentados em
horários inclusive infantis”, pontua o major-brigadeiro.
Na interpretação do
militar, “a estratégia dessa verdadeira máfia multi corporativa tem como ponto
de partida impedir que o governo concretize suas promessas de campanha,
desgastando a imagem de austeridade e anulando a expectativa de mudanças nos
destinos do País”.
Jaime Sanchez cita como exemplos de alvos preferidos a
reforma da previdência, a reestruturação do Estado e o projeto anticrime,
encaminhados à Câmara dos Deputados.
“Em contraposição, o governo tem adotado
diversas medidas periféricas, visando o desaparelhamento da máquina, a poupança
de recursos e a desarticulação dos esquemas de corrupção das instituições
públicas”.
Ainda assim, adverte, “essas medidas podem vir a ser obstadas no
Congresso ou na Justiça”.
No texto que circula entre militares de alta patente,
Jaime Sanchez considera como segundo passo dessa ‘ação nefasta’ a
inviabilização do orçamento de 2019.
“Querem reduzir as perspectivas de
receita, através do esvaziamento da reforma da previdência e da reestruturação
do Estado, bem como o incremento das despesas, com a aprovação do orçamento
impositivo, elevando os gastos obrigatórios a 97% do total do orçamento”.
Com
essa estratégia, continua o major-brigadeiro, querem desgastar a imagem do
presidente com cortes de verbas para setores essenciais da sociedade e, como
objetivo maior, forçar o governo a ultrapassar o limite de gastos permitidos,
infringindo a lei de responsabilidade fiscal, o que abriria caminho para a
instauração de um processo de impeachment contra Jair Bolsonaro”.
Jaime Sanchez
também adverte para a iniciativa do PT de apresentar uma proposta de Emenda à
Constituição destinada a impedir a assunção definitiva do vice-presidente
(Hamilton Mourão) em caso de vacância do cargo.
A situação fica ainda mais
grave, enfatiza o major-brigadeiro, quando a base aliada e alguns outros
elementos “comportam-se como o incrível exército de Brancaleone”.
São, diz o
militar, totalmente desarticulados ou inexperientes no jogo da política,
“facilmente contaminados com a peste vermelha”. Em sua análise, o
major-brigadeiro salienta que a conjuntura caminha rapidamente para uma
situação insolúvel, “uma vez que o presidente e sua equipe estão praticamente
ilhados, à mercê da grande rede corporativa formada por políticos, juristas,
empresários, intelectuais e funcionários públicos que irão agir unicamente
interessados em preservar seus privilégios a qualquer custo, pouco importando o
interesse daqueles que os elegeram e pagam seus vultosos salários”.
A persistir
esse quadro, encerra Jaime Sanchez, a única saída será as Forças Armadas
lançarem mão do Artigo 142 da Constituição Federal.
O texto diz, resumidamente,
que os militares poderão, sob a autoridade do presidente da República,
interferirem para o bom desempenho dos poderes da República (Executivo,
Legislativo e Judiciário) para “colocarem ordem na casa e atenderem aos anseios
da sociedade, como foi feito em 1964”.
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