Um
grupo de asteróides e cometas escondidos na sombra de Júpiter pode representar
uma ameaça oculta para a Terra, revelou um novo estudo.
De
acordo com a nova publicação, cujos resultados foram esta semana publicados na
revista científica especializada Monthly Notices of the Royal Astronomical
Society, estas rochas espaciais, quando sujeitas a mudanças fortes nas suas
órbitas, podem colidir com a Terra e/ou com os seus vizinhos.
Os
cientistas conseguiram identificar pelo menos um destes corpos escondidos na
sombra de Júpiter que poderá sofrer uma mudança orbital deste tipo.
Tal
como explicaram os especialistas, é muito importante identificar e monitorizar
com bastante antecedência estes e outros corpos potencialmente perigosos para a
Terra.
Como
maior mundo do Sistema Solar, Júpiter esconde muitos asteróides e cometas na
sua sombra. Alguns deles, como é o caso das suas luas, estão gravitacionalmente
ligados ao planeta, explica o portal Space.com.
Outros
há que seguem uma órbita semelhante à de Júpiter em torno do sol. Para estes,
uma alta inclinação ou um ângulo com o plano de Sistema Solar a mais de 40
graus, está ligada a uma baixa excentricidade, o que lhes confere uma órbita
quase circular.
O
novo estudo aponta o que aconteceria caso estes objetos mudassem a sua
inclinação para alta excentricidade, isto é, criando uma órbita mais oval. De
acordo com os cientistas, esta mudança implicaria más notícias para a Terra.
“Apontamos
a possibilidade de populações de asteróides potencialmente perigosos e não
detetadas existam em locais de alta inclinação desses objetos”, afirmou o Kenta
Oshima, cientista do Observatório Astronómico Nacional do Japão, citado
pela Europa Press.
Para
já, não há qualquer perigo, uma vez que as órbitas destes objetos escondidos se
encontram estáveis. Contudo, alertam os cientistas, uma mudança no plano
orbital pode representar uma eventual colisão com a Terra ou com os mundos
vizinhos.
“Vale
a pena manter um olho nestes objetos, principalmente para os catalogar para ter
um censo e conhecer melhor o tamanho real dessa população potencialmente
perigosa”, disse Carlos de la Fuente Marcos, que estuda as dinâmicas do Sistema
Solar na Universidade de Madrid, em Espanha, em declarações ao Space.com.
“Se
forem numerosos, o perigo pode ser potencialmente alto, mas se forem escassos,
o perigo pode ser completamente insignificante“, concluiu, dando conta que
ainda não se sabe quantos destes corpos existem.
Fonte: ZAP
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