Pesquisa indica que robôs em pares
também reduzem custos relacionados à saúde
“Só um momento, o Dr. Robô Watson irá lhe atender em
mais alguns instantes.” Pode parecer surreal atualmente, mas a frase, dita em
uma clínica ou hospital, pode se tornar realidade com o passar dos anos.
Pesquisadores fizeram experimentos e determinaram que um par de
computadores com Inteligência Artificial (AI
na sigla em inglês) conseguem prescrever tratamentos médicos com mais
probabilidade de sucesso do que os pares de carne e osso em decisões
individuais.
A pesquisa envolveu mais de 6 mil pacientes com
depressão clinicamente diagnosticada, dos quais 65% a 70% apresentavam doenças
relacionadas à depressão, como diabetes e hipertensão. Os robôs foram
programados para considerar o estado atual dos pacientes e qual seria a melhor
decisão médica para no evento imediatamente seguinte trazer melhora e com
custos inferiores àqueles de médicos atuando individualmente. Acredite, a
Inteligência Artificial de robôs em pares conseguiu resultados melhores do que
os humanos.
Para tanto, foi utilizado um modelo baseado no
processo de decisão de Markov, combinado com redes dinâmicas de
decisão (DDN). Eles pegaram 500 casos de forma aleatória, com os tratamentos
determinados por humanos devidamente registrado, e rodaram a simulação. O
cálculo por evento relacionado à doença (digamos, por decisão médica) foi de
189 dólares – o valor chegava a 497 dólares sem o auxílio da computação.
De acordo com os pesquisadores, o modelo custa menos
e traz retorno melhor. As decisões médicas foram consideradas 35% melhores.
Ajustes no modelo fariam com que as decisões aumentassem o aproveitamento
positivo pra 42%.
Claro que uma coisa é lidar com pacientes em uma
simulação e outra é lidar com pessoas reais, sofrendo diante de seus olhos.
Entretanto, os médicos são treinados em anos de escola de medicina para lidar
com este tipo de situação. Os pesquisadores envolvidos no estudo afirmam que o
mais importante é acabar com a “intuição” que substitui a análise dos dados no
momento em que o doutor recomenda um tratamento em detrimento de outro.
O fenômeno denominado Big Data faz enorme sucesso no
exterior. Grandes empresas, dentre elas a gigantesca IBM, colhem dados de
registros enormes. Mesmo sem ordená-los de forma estruturada, a companhia
realiza a análise e, a partir daí, determina soluções para problemas que vão
desde a segurança pública até a melhor forma de
conduzir um carro de fórmula (a telemetria desses veículos registra muitas informações.
Vale lembrar que o supercomputador e robô com
AI Watson, da IBM, presta serviços a um hospital
estadunidense desde 2011.
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