Imagem: Dida Sampaio/Estadão
Conteúdo.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, disse que o então presidente não confiava no alto comando do Exército.
A mensagem é parte do relatório da
PF sobre o conteúdo encontrado no aparelho e liberado pelo ministro Alexandre
de Moraes.
O que disse Mauro Cid:
Jean Lawand Júnior mandou mensagens pedindo que Mauro Cid convencesse o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a colocar em prática um golpe de Estado:
‘Cidão, pelo amor de Deus, cara.
Ele [Bolsonaro] dê a ordem, que o povo tá com ele, cara. Se os caras não cumprirem, o problema é deles.
Acaba o Exército Brasileiro se esses
cara não cumprir a ordem do, do Comandante Supremo’, disse, em áudio.
Ao que Cid respondeu: “Mas o Pr [Presidente] não pode dar uma ordem… se ele não confia no ACe [Alto Comando do Exército].
Lawand, então, afirmou que “ferrou” e que “vai ter que ser pelo
povo mesmo”.
Na sequência, as repostas de Cid foram vagas, com um
“infelizmente” quando Lawand reconheceu que um golpe não aconteceria e “muita
coisa acontecendo” ao ser estimulado a mobilizar Bolsonaro para cometer o ato antidemocrático.
Cid está preso desde o mês passado e se negou a falar quando depôs à Polícia Federal.
O ministro retirou o sigilo após divulgação parcial de trechos do relatório da Polícia Federal.
As
mensagens mostraram, entre outras coisas, um roteiro para a implementação do
golpe de Estado, com previsão de declaração de estado de sítio no Brasil.
As mensagens divulgadas também revelaram
que um golpe de Estado foi encorajado e um roteiro para a
ação foi elaborado.
Créditos: UOL.
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