O Estado virou um cabide de emprego sem correlação com a responsabilidade do poder público em promover o desenvolvimento econômico e social sustentável, mas sim com total afinidade com a preservação e ampliação do projeto de poder perpétuo do petismo para promover a ascensão de uma nova burguesia público-privada, nascida no submundo comuno-sindical, cujo único compromisso é com o poder pelo poder de se tornar a classe social mais rica do país.
As oligarquias prostituídas pelo sórdido relativismo da política que tomaram conta do país depois do Regime Militar, até o início do primeiro mandato de Luís Inácio, foram engolidas pela burguesia comuno sindical, que praticamente já controla os centros de poder político e econômico do país.
Os desentendimentos ocasionais entre os atores do golpe da Fraude da Abertura Democrática contra o país, que está sendo posto em prática continuada pelo petismo, são coisas para inglês ver, pois o objetivo comum desses apátridas é o mesmo: transformar o Brasil em uma corruptocracia controlada por um Estado de Direito Comunista.
Aos poucos os servidores de carreira, ou contratados do primeiro e segundo escalão, ressaltando-se os parlamentares eleitos pelos votos da falência educacional e cultural do país – os congressistas mais bem remunerados direta e indiretamente – em relação a outros países, estão se tornando muito melhores do que as remunerações e benefícios pagos para cargos de executivos e gerentes das médias e grandes empresas do país não se excluindo muitas multinacionais.
A questão, que precisa ser enfrentada pelos contribuintes, antes que seja tarde demais, é o retorno para o desenvolvimento econômico e social do país do custo da sociedade ter que continuar carregando um poder público do padrão que temos, que tem se mostrado nas suas posturas, de forma rigorosa, incompatível com as responsabilidades legais, morais e éticas dos que são pagos pelos contribuintes para servi-los, sabendo-se que a falência da Justiça tem se apresentado como o principal sustentáculo da degeneração das relações público-privadas, e pela vergonhosa impunidade de corruptos e corruptores, citando-se o mensalão como um dos mais de cem escândalos de desvio do dinheiro público que não tiveram consequência relevante para os envolvidos.
A empresa privada empreende e pesquisa, desenvolve a economia e gera empregos, enquanto o Estado emprega milhares de funcionários para produzir, em termos de utilidade final, apenas serviços ineficientes e incompetentes. Suas estatais, com uma relação Receita Bruta/Quantidade de empregados efetivos ou terceirizados, e uma relação salários/horas de trabalho de seus diretores, executivos e gerentes, absolutamente acima do mercado de trabalho das empresas privadas, viraram escandalosos cabides de empregos do sistema de poder petista.
A empresa privada pune a falta de empreendedorismo, incompetência e a corrupção.
O Estado protege o servidor, por definição, pois lhe garante estabilidade, remunerações e benefícios cada vez maiores, independente do seu desempenho profissional, do seu empreendedorismo social, ou do seu envolvimento com desvios de conduta ética e legal. O servidor público é um cabo eleitoral que precisa ser preservado.
Como o estado é um dos maiores compradores de produtos e serviços do país, sua relação corrupta com o ambiente das empresas privadas induz a sistemática oferta de superfaturamentos e outras maracutáias, com repasse tipo caixa dois para os beneficiados envolvidos no sistemático e recorrente processo de desvio do dinheiro público.
A empresa privada incompetente quebra.
O estado incompetente se fortalece cada vez mais, pois seu custo sempre é bancado pelos contribuintes que trabalham mais de cinco meses por ano para pagar a conta do custeio direto e da dívida pública que pode crescer de forma ilimitada, sem o consentimento da sociedade, esta que sofre com um poder público incompetente, corrupto, ineficiente e ineficaz, sem recorrermos a outros adjetivos mais fortes.
O mais grave de tudo é que a dependência de uma grande parte da mídia das verbas de propaganda dos governos federais, estaduais e municipais, além de financiamentos tendo contrapartidas de limitação de críticas por parte dos jornalistas e dos veículos de comunicação para quem trabalham, provoca uma filtragem criminosa entre a verdade dos fatos e sua edição para conhecimento público.
Enquanto isso o jornalismo que serve à sociedade, sem editar o que compromete o poder público, é sempre alvo de perseguições e processos legais.
A produção de informações oficiais sobre o desempenho do poder público em todas as áreas que atua já sinaliza que estamos diante de um criminoso direcionamento e filtragem manipulativos dos dados que são divulgados.
Não existe no poder público nenhum órgão com a responsabilidade de defender uma transparência honesta daquilo que é passado para conhecimento público.
Metodologias dos processos de avaliação dos dados internos dos governos federal, estadual e municipal, com poucas exceções, estão claramente sujeitos à filtragem de seus resultados, em virtude da necessidade política de continuarem passando para a sociedade a fantasia de um projeto de poder que está moralmente e economicamente na direção da falência e do caos social. O caos moral já aconteceu.
As melhores avaliações do cenário econômico e social do país, por enquanto, são aquelas produzidas por organismos internacionais e pelo jornalismo independente, que ainda insistem, por dever, honestidade, ética e dignidade, em defender a verdade dos fatos econômicos e sociais no momento de sua divulgação.
Para os funcionários públicos que ficarem constrangidos com o que escrevemos pedimos um favor: liguem para as famílias dos mais de 140 cidadãos que são assassinados diariamente em média no país, liguem para as famílias dos que estão morrendo nas filas dos hospitais ou que são vitimados por sistemáticos erros ou descasos de médicos, liguem para as famílias que acompanham a destruição do futuro de seus filhos pelo narcotráfico, liguem para os pais dos que terminam o ciclo de ensino básico e universitário como analfabetos funcionais potencialmente desempregados, liguem para aqueles que perdem tudo o que têm a cada enchente, e liguem para as vítimas das tragédias como esta da Região Serrana, que já ceifou a vida de mais de 600 pessoas com ainda muitos desaparecidos.
Se identifiquem por telefone ou, quem sabe, pessoalmente, e declarem solenemente: eu trabalho para o Estado e quero que receba meus sentimentos pela morte de fulano, desculpe nossas falhas.
Aproveitem e liguem para o governador do Rio e de SP agradecendo de coração tudo o que eles e seus milhares de funcionários têm feito para evitar tantas mortes todos os anos nos seus respectivos Estados nas mesmas épocas e aproximadamente nos mesmos locais.
Geraldo Almendra
16/01/2011
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