Intervenção na Líbia pode envenenar a revolução?
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O jornal britânico The Guardian publicou na noite de quarta-feira um artigo polêmico do colunista Seumas Milne, no qual ele faz diversos ataques à postura de determinados membros dos governos dos Estados Unidos e do Reino Unido pela velocidade com a qual ficaram próximos da conclusão de que invadir a Líbia para conter Muammar Khadafi seria uma boa ideia.
Milne usa diversos argumentos – uns mais pertinentes que outros – para criticar uma possível intervenção militar. Um deles é fundamental, pois, alega o articulista, há o risco de toda a movimentação nos países árabes ser "envenenada":
Aqueles que clamam por uma ação militar ocidental na Líbia parecem descaradamente imperturbáveis pelo fato de que, em todo o mundo árabe, a intervenção estrangeira, a ocupação e apoio às ditaduras são considerados como fundamentais para os problemas da região. Indissoluvelmente ligada à procura de liberdades democráticas está um profundo desejo de independência e autodeterminação. |
Nos próximos dias ou semanas, a pressão sobre o ocidente para intervir pode mesmo escalar, especialmente se Khadafi continuar atacando sem dó sua própria população. Mas será preciso saber se as potências ocidentais estarão dispostas a apenas remover Khadafi ou se a Líbia se tornará um novo Iraque, ou pior, um novo Afeganistão. Como escreveu Milne, "a Revolução Árabe será feita pelos árabes, ou então não será uma revolução".
José Antonio Lima
Lula faz sua estreia como palestrante
O jornal O Globo destaca nesta quinta-feira (3) a fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua primeira palestra depois de deixar o Planalto. Lula teria recebido R$ 200 mil para falar a mil funcionários da fabricante de eletrônicos sul-coreana LG.
Segundo o jornal, nos primeiros 15 minutos da palestra (quando os jornalistas ainda estavam presentes), Lula optou por ler o discurso preparado, no qual exaltava seu governo. Depois, com a saída dos repórteres, ficou mais descontraído e, como de costume, contou "causos" de seu governo.
As primeiras risadas da plateia ocorreram quando o ex-presidente contou como fez, durante a crise econômica de 2008, para que o Banco do Brasil passasse a financiar a venda de automóveis e os dirigentes da instituição disseram que não tinham expertise: "Eu falei: 'Em quanto tempo a gente forma essa tal de expertise?' Eles responderam que demoraria uns dois anos. Então, eu falei: 'Vamos comprar essa tal de expertise e compramos 50% do Banco Votorantim'. |
José Antonio Lima
Apple lança o iPad2, seu novo tablet
Ciência & Tecnologia Tags: 020311, Apple, Tablets
A Apple lançou na quarta-feira (2) seu novo modelo de tablet, o iPad 2. Como esperado, o aparelho é "mais fino, mais leve, mais rápido, mas com o mesmo preço".
O lançamento teve grande destaque na mídia, assim como a presença de Steve Jobs, e com o iPad 2 a Apple mostrou que, pelo menos por enquanto, domina este nicho de mercado, como conta ÉPOCA:
A Apple parece cada vez mais no caminho da dominação do mercado de tablets: uma demanda que a própria empresa criou com o iPad. (…) Agora, se a Apple – ou o iPad – vai ser um protagonista desse futuro, ainda está para ser decidido. |
José Antonio Lima
Após ofensas, Dilma exclui PDT de reunião
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A crise gerada pela decisão do PDT de não apoiar o salário mínimo de R$ 545 vai longe, e parece ter grande potencial de ajudar a oposição. Como os últimos dias foram conturbados, vamos por partes. Nesta quarta-feira (2), o PDT não participou da reunião de líderes da Câmara com a presidenta Dilma Rousseff.
Na saída do encontro, o líder do PR, Lincon Portela (MG), disse que a falta do PDT na reunião não foi percebida. "A conversa fluiu tão naturalmente que não notamos a ausência do PDT", disse Portela. Questionado sobre de quem veio a ordem para não adicionar o partido da lista de convidados, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), deu a senha: "Uma decisão no regime presidencialista é sempre do presidente". |
A exclusão do PDT por parte de Dilma foi uma resposta às ofensas proferidas na terça-feira (1º) pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, presidente da Força Sindical. Ele deu entrevista ao site Terra Magazine fazendo críticas duríssimas ao PT, lamentando que partidários de Dilma estivessem "mandando recadinho por jornal".
Nós não vamos mudar as nossas opiniões porque eles estão insatisfeitos. O PDT tem um programa histórico, sempre defendeu os direitos dos trabalhadores, e se o PT abandonou os trabalhadores, a culpa não é nossa. Manda o PT se f… Estou de saco cheio deles já. |
Carlos Lupi, o pedetista que ocupa o Ministério do Trabalho, tentou colocar panos quentes, dizendo ao mesmo site que Paulinho fez um "desabafo" e que a crise não passa de "um pouco de atrito". Aparentemente, no entanto, o rompimento é profundo, tanto que o deputado confirmou aproximação com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e elogiou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Se Paulinho vai mesmo deixar a base governista, o governo precisará ter atenção. Se arrastar consigo o PDT e as centrais sindicais, Dilma terá uma dificuldade que Lula não teve e, pior (para ela), a oposição terá novos aliados importantes.
José Antonio Lima
O deputado Tiririca e o "negócio do decoro"
O deputado Tiririca (PR-SP) fez sua estreia nesta quarta-feira na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Como conta o G1, a reunião da comissão virou um ato de apoio ao deputado, alvo de muitas críticas por participar dessa comissão depois de ter de provar na Justiça que não era analfabeto. Tiririca agradeceu o apoio, disse que havia "entendido legal" o funcionamento da comissão e se defendeu das críticas:
Tiririca aproveitou a presença da imprensa para afirmar que as pessoas "confundiam" o trabalho como palhaço e a sua atuação no parlamento: "O humor é lá fora. Aqui é sério. As pessoas confundem o palhaço lá do trabalho com aqui [na Câmara]. Aqui tem que ser sério. Tem o negócio do decoro, né?". |
José Antonio Lima
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