Rio de Janeiro, 20 mar (EFE).- A Casa Branca classificou neste domingo como "uma farsa" o novo anúncio de cessar-fogo feito pelo regime líbio de Muammar Kadafi e assegurou que manterá a ofensiva para estabelecer uma zona de exclusão aérea e proteger os civis.
Segundo o conselheiro de Segurança Nacional, Tom Donilon, o regime líbio violou o novo cessar-fogo "imediatamente" após proclamá-lo, em declarações à imprensa no Rio de Janeiro, onde acompanha o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em uma viagem pela América Latina.
"Nosso ponto de vista neste momento acerca da declaração de cessar-fogo é que ou não é verdade ou foi violada imediatamente", disse Donilon, considerando que o primeiro dia de intervenção sobre a Líbia na operação "Odisseia do Amanhecer" foi "bom" para as forças aliadas.
"Kadafi perdeu legitimidade na Líbia", declarou o alto funcionário e assinalou que o líder líbio se verá "cada vez mais isolado" dentro da comunidade internacional.
Donilon, como tinham indicado previamente as autoridades militares americanas, insistiu em que a participação americana à frente da operação terá um alcance "limitado", tanto em duração como em implicação, e a curto prazo o comando será transferido para outros representantes da aliança.
Depois, os EUA se limitarão a uma função de "apoio", mediante ferramentas como espionagem eletrônica.
O objetivo último, declarou, continua sendo que "Kadafi deveria renunciar como líder da Líbia".
O conselheiro de Segurança Nacional falava assim após um dia de intensos contatos entre a Casa Branca e sua equipe de segurança nacional para avaliar os eventos no país árabe e os contatos diplomáticos para obter apoio à coalizão internacional.
Assim, segundo explicou, Obama manteve hoje três sessões informativas para conhecer o desenvolvimento dos eventos e conversou com o rei Abdullah II da Jordânia, com o qual acertou "a importância de uma coalizão ampla" para fazer respeitar a zona de exclusão aérea e proteger a população líbia.
Além disso, ambos os líderes abordaram os últimos eventos no Bahrein, declarou Donilon. EFE
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